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Cientistas da UFRJ conseguem parar o avanço do Alzheimer em animais

jul 4, 2017
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Eles descobriram importância de proteína para circuitos elétricos do cérebro. Pesquisa foi destaque em uma das principais publicações científicas.

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiram interromper o avanço do Alzheimer em animais. Eles desenvolveram um caminho novo pra atacar a doença.

A pesquisa dos cientistas brasileiros foi destaque em uma das principais publicações científicas, o “Jornal Americano de Neurociência”. A doença atinge mais de um milhão de brasileiros e é o principal fator de demência nas pessoas mais velhas.

Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro focaram o estudo em uma substância produzida naturalmente pelo cérebro chamada de TGF beta 1.

Eles descobriram a importância dessa proteína para proteção dos circuitos elétricos do cérebro. Nas pessoas mais velhas, a produção do TGF beta 1 é reduzida e com isso há inflamações que interrompem a ligação entre os neurônios.

O pesquisador mostra uma célula do cérebro normal, depois reduzida pelo Alzheimer. Na experiência, ela se recupera parcialmente com o uso da substância sintética TGF beta 1.

Nos ratinhos de laboratório, os pesquisadores brasileiros já conseguiram reduzir alguns sintomas do Alzheimer. Os animais recuperaram a memória mais recente e sabe-se que uma das principais consequências da doença é justamente esquecer aquilo que aconteceu há tão pouco tempo.

A experiência funcionou assim: um ratinho com Alzheimer foi colocado diante de dois objetos iguais. Um deles foi substituído. Segundo os pesquisadores, o animal reagiu da mesma forma, ou seja, não se lembrava do objeto que já tinha visto.

Depois de injetada a molécula TGF beta 1, o ratinho lembrou do primeiro objeto e só reagiu diante do novo, aquele que ele não conhecia mesmo.

A chefe do laboratório alerta que a pesquisa é um passo importante, mas que ainda não significa a cura para a doença.

“O que nós fizemos foi apenas um passo para o tratamento a médio, longo prazo. É uma longa caminhada e certamente o nosso trabalho pode vir a contribuir”, disse a pesquisadora Flávia Gomes.

Fonte: G1

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