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Estudantes unem-se para melhorar a vida de idosos abandonados

out 16, 2017
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Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, 50 alunos de uma faculdade gratuita estão colocando em prática tudo aquilo que aprenderam na teoria para melhorar a vida de idosos em situação de abandono, e que vivem em uma casa para velhinhos.

Os alunos fazem cursos de Administração, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação e Engenharia de Controle e Automação da Faculdade de Tecnologia Termomecanica-FTT.

Eles aproveitam o que aprenderam nos cursos e já desenvolveram gratuitamente 7 projetos diferentes para os vovôs, entre eles, um sistema de aquecedor solar para diminuir a conta de luz da ONG em até 40 % e a motorização de cadeiras de rodas para melhorar a mobilidade dos idosos.

Software para cadastro de doadores

Os estudantes também implantaram um software para cadastro de doadores e isso poderá ajudar a ONG Casa dos Velhinhos Dona Adelaide a angariar recursos para futuros eventos.

O aluno de Engenharia de Controle e Automação, Adalberto Santos de Barros, de 31 anos, declarou: “Colocar em prática o que a gente estuda aqui, muitas vezes é diferente da teoria. Você tem que desenvolver métodos para minimizar os problemas que podem surgir. A responsabilidade é muito grande”.

Ele é um dos integrantes do grupo de alunos responsáveis pelas primeiras duas cadeiras de rodas que serão motorizadas para a ONG, que se não fosse assim, não teria dinheiro para comprar. As cadeiras motorizadas custam, em média, 7 mil reais cada uma.

“O Kit que a gente está desenvolvendo é para motorizar as cadeiras de rodas que eles já têm lá. É um produto que a gente está desenvolvendo, que será usado. Não é um TCC – programa de conclusão de curso – que vai ficar no papel”, diz.

“O custo [de cada motor] é de R$ 2.500, mas pode baratear mais se for produzido em larga escala. Pode até diminuir pela metade desse valor”, explica Adalberto.

O estudante conta que a primeira vez que foi na instituição o que mais chamou a atenção dele foi a idade das pessoas e o avanço da dificuldade de mobilidade. “Eu vi o esforço deles para usar as cadeiras”.

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Foto: Reprodução

Ele salienta: “Você torna essa última etapa da vida deles um pouco melhor no conforto, dá uma palavra de carinho. Eles se sentem importantes”.

A gestora da ONG, Camila Elias de Araújo argumenta que o carinho é recíproco: “Receber alunos pra nós é uma honra. Os idosos gostam muito de conversar e vê-los”.

Como é uma instituição sem fins lucrativos, a gestora da ONG enfatiza que nunca pensou em comprar cadeiras motorizadas, por falta de dinheiro. “Aí chegam os alunos e dizem que a gente pode fazer”, diz Camila.

Tudo Começou há mais de 50 anos atrás. Os alunos que ajudam a ONG estudam na Faculdade de Tecnologia Termomecânica, de São Bernardo do Campo, uma faculdade gratuita mantida pela Fundação Salvador Arena, que leva o nome de um empresário visionário do setor metalúrgico que doou todo o seu patrimônio à Fundação, quando morreu em janeiro de 1998. 

Sem herdeiros e filho único, Salvador Arena, deixou sua empresa, a Termomecânica, para os funcionários, mas com uma exigência: que continuassem as ações sociais que ele iniciou na década de 1960.

Hoje a Fundação Salvador Arena é gerenciada por 13 conselheiros que mantém o Colégio Termomecânica e a Faculdade de Tecnologia Termomecânica, que fazem parte do Centro Educacional da Fundação Salvador Arena.

A Fundação oferece apoio por meio de um programa social – Programa de Alimentação Complementar em Entidades Sociais – para ajudar no custeio da alimentação dos idosos da ONG.

Fonte: Conexão Boas Noticias

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