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Música ajuda a prevenir e frear desenvolvimento de Alzheimer

fev 13, 2017
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Pacientes com a doença apresentaram melhoras na memória após ouvir músicas que marcaram suas vidas. Toca uma música antiga no rádio e, de repente, você se vê cantando junto. Já passou por isso? Mesmo sem nem lembrar que a canção existia, de alguma forma ela estava lá, armazenada na sua cabeça.

Há alguns anos, cientistas do Instituto Max Planck de Neurociência e da Cognição Humana, em Leipzig, na Alemanha, questionaram-se por que pacientes com Alzheimer conseguiam se lembrar de melodias ou apresentar fortes emoções ao ouvir canções que marcaram suas vidas. Foi quando eles descobriram que a música fica armazenada em uma parte diferente do cérebro da que guarda a maior parte das nossas memórias.

O documentário Alive Inside mostra isso na prática. Um dos pacientes com Alzheimer retratados no filme começa a responder sobre seu passado com lucidez logo após ouvir música.

Custódio Michailowsky, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, explica que o uso da musicoterapia no tratamento de pacientes com Alzheimer está bem estabelecido. “Ela pode trazer memórias passadas e retardar o processo de degeneração”, explica.

Além disso, a música ainda pode ajudar na socialização do paciente. “Se a pessoa se isola, isso vira uma bola de neve. A música traz emoção, traz motivação para a pessoa. Além de fazer dançar, se mexer”, afirma Michailowsky. Portanto, pode-se dizer que ela estimula até a atividade física.

Prevenção. Mesmo quem não tem Alzheimer pode se beneficiar muito com o conhecimento musical. “É importante a ativação das atividades artísticas. Através da educação artística, o cérebro se desenvolve mais rapidamente. Pode ser pela música, escultura, desenho…”, defende o especialista.

“Pessoas que têm a habilidade de ouvir uma música e tocá-la ou identificar as notas têm o lobo temporal esquerdo melhor desenvolvido”, explica. A música ‘exercita’ diversas partes do cérebro ao mesmo tempo, o que ajuda a prevenir o Alzheimer.

Ah, e tem mais uma coisa: você quer estar preparado para se comunicar com extraterrestres, se eles existirem e aparecerem por aqui? “Acredita-se que a única forma de nos comunicarmos com uma civilização de fora da Terra, se encontrarmos uma, é pela música”, relata Michailowsky. Parece estranho? Pois lembre-se que a música transmite sensações sem precisar de palavras. Nada de breguice, isso é realmente científico. “A música é muito importante. É umas das coisas que mais povocam excitação do cérebro. Além dos circuitos, há liberação de substâncias, como a serotonina e até algumas análogas da morfina.”

E aí, vai escolher qual instrumento?

Fonte: O Estado de São Paulo

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