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Nova câmera promete revolucionar medicina

set 6, 2017
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Cientistas desenvolveram uma câmera capaz de registrar imagens através do corpo humano.

A câmera poderá ajudar os médicos a rastrear, do lado de fora do corpo, equipamentos que são inseridos no corpo durante os exames, como endoscópios. Até agora, médicos usavam scanners e equipamentos de raio-x, normalmente com custo bastante elevado, para avaliar o progresso dos exames.

A nova câmera detecta fontes de luz dentro do corpo, como, por exemplo, a ponta iluminada do endoscópio.

O professor Kev Dhaliwal, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, acredita que o uso do novo equipamento não vai se limitar a identificar endoscópios.

“Tem um imenso potencial para diversas aplicações. A habilidade para identificar a localização de um equipamento dentro do corpo é crucial em tratamentos médicos, uma vez que avançamos para abordagens cada vez menos invasivas”.

Tecidos e órgãos

Testes recentes já mostraram que o protótipo da câmera pode, em condições normais, identificar pontos de luz 20 centímetros distantes do tecido externo.

Os feixes de luz do endoscópio também podem passar pelo corpo, mas ao invés de seguirem por um caminho reto, geralmente espalham-se ou esbarram nos tecidos e nos órgãos. Isso dificulta obter uma imagem clara mostrando onde a ferramenta está.

A nova câmera, por sua vez, é capaz de identificar partículas individuais, os fótons, e é sensível o suficiente para capturar minúsculos rastros de luz que atravessam os tecidos internos.

O equipamento também registra o tempo que leva para feixes de luz atravessarem o corpo. Isso significa que a câmera é capaz de saber exatamente onde o endoscópio está.

Além disso, a forma com que os pesquisadores desenvolveram a câmara permite que ela seja usada ao lado da cama dos pacientes.

O projeto, encabeçado pela Universidade de Edimburgo e pela Universidade Heriot-Watt, também na Escócia, é parte de uma pesquisa colaborativa interdisciplinar que está desenvolvendo tecnologia para diagnosticar e tratar doenças pulmonares.

“O que mais gosto neste trabalho é a possibilidade de trabalhar com médicos e enfermeiros para entender os desafios práticos dos tratamentos e, então, moldar tecnologias avançadas e teorias que normalmente não iriam sair de um laboratório de física para resolver problemas reais”, disse Michael Tanner, da Universidade Heriot-Watt.

“Espero que possamos continuar essa abordagem interdisciplinar para fazer uma diferença real em relação às tecnologias para tratamento de saúde”, afirmou Tanner.

Fonte: BBC

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