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Para aliviar o calor, famílias fazem picolé de leite materno para os bebês

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A Organização Mundial de Saúde, recomenda que até os 6 meses de idade a amamentação seja a exclusiva alimentação do bebê, não sendo necessário nem oferecer água ou chá.

Então, para inovar e refrescar o calor, mães e pais oferecem picolé de leite materno para os bebês, o chamado, ” tetolé” ou “peitolé”.

A ideia se popularizou logo após uma matéria do G1, publicada em 2011 em que a administradora Ariane Osshiro contou como faz a receita para o seu bebê.

É muito simples fazer o picolé de leite materno: é só tirar o leite, colocar em uma forminha própria para picolés, deixar gelar e dar para o bebê.

A nutricionista Elisabete Kamiya, que trabalha no banco de leite do Hospital Universitário em Campo Grande, explicou ao G1 que o leite materno congelado  continua com a mesmas propriedades do leite em estado natural.

Quando os dentinhos começam a nascer o bebê sente incômodo nas gengivas. Os picolés de leite materno são muito interessantes para diminuir esse sensação, já que a baixa temperatura faz com que a gengiva fique um pouco anestesiada. É a mesma ideia de oferecer modelos de mordedores com gel dentro e que são armazenados na geladeira.

Cuidados

Não existem estudos sobre o tema e por isso, há controvérsias quando o assunto é oferecer o leite materno de um jeito diferente da forma tradicional.

A pediatra Maria José Guardia Mattar, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), disse ao UOL que não é favorável. “O tempo de congelamento e o processo de higienização que a mãe deve seguir são temas que têm fundamentação, mas não há evidências de que o picolé de leite materno é recomendável. O problema do calor excessivo pode ser resolvido com um banho para relaxar.”

É preciso saber que se trata de um alimento nobre e que não pode ser banalizado, exposto ou ter uma manipulação inadequada. As mãos devem ser devidamente higienizadas, assim como o lugar onde será armazenado o leite”, afirma Ary Lopes.

Se você decidir oferecer o “tetolé” ao seu bebê, não reutilize as sobras da forminha se o bebê não tomar todo o sorvete, descarte-as já que a saliva é repleta de bactérias.

No vídeo, quem se delicia com o tetolé é  Elias, filho da publicitária Karen Oliveira Aun, autora do blog ‘Enquanto Elias Dorme

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