Sociedade

Âncora do ‘JN’ cita feminicídio e critica fãs em fala contra contratação do goleiro Bruno

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A jornalista baiana Jéssica Senra, apresentadora da TV Bahia e parte do rodízio de âncoras do ‘Jornal Nacional’, comentou apenas verdades sobre a possível contratação do goleiro Bruno pelo time Fluminense de Feira.

Ela questionou principalmente a mensagem que o mercado do esporte, que cria muitos ídolos, quer passar colocando o feminicida na ativa novamente. O atleta foi condenado por mandar o sequestro e assassinato brutal de Eliza Samudio, a mãe de seu filho, para evitar que ela cobrasse o pagamento de pensão.

O texto de Jéssica gerou debate nas redes sociais e revelou, assustadoramente, uma grande quantidade de apoiadores do goleiro.

“Desejamos e precisamos que pessoas que cometem crimes tenham a possibilidade de refazer suas vidas, mas diante de um crime tão bárbaro, tão cruel, poderíamos tolerar que o feminicida Bruno voltasse à posição de ídolo? Que mensagem mandaríamos à sociedade? Atletas são referências. Contratar para um time de futebol um assassino, um homem que mandou matar a mãe do seu filho, esquartejar, dar o corpo para os cachorros comerem é um desrespeito. É um desrespeito a nós mulheres”, afirmou Jéssica no programa Bahia Meio Dia desta segunda-feira (6).

O feminicídio é uma epidemia o Brasil. Em 2018, o Brasil registrou um aumento de 8,4% nos casos – isso significa que uma mulher é morta a cada duas horas no país. Foram 4.254 homicídios dolosos de mulheres no ano anterior, de acordo com o levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Diante do debate online, ela, mais uma vez se posicionou por meio de um texto publicado em suas redes.

Contra a homofobia

A jornalista já havia viralizado online por suas opiniões fortes e argumentadas, como quando comentou o caso de Marcelo Macedo, que foi atacado após beijar o companheiro em um bar de Camaçari, região metropolitana de Salvador (BA). Ele foi espancado por três homens e atingido por quatro tiros. Um dos suspeitos pelo crime teria questionado a vítima se ela não tinha vergonha de fazer “isso” (dar carinho ao companheiro, como todo casal faz) na frente de pais de família.

Na época, Senra não poupou palavras ao comentar essa notícia: “‘isso’ era carinho, era beijo. Então quer dizer que beijar e fazer carinho em alguém, na cabeça do homofóbico, ofende, mas agredir, tentar matar, não ofende? A homofobia é isso, é ignorância, falta de qualquer lógica”.

Fada sensata, né? Muito bom saber que podemos contar com profissionais como Jéssica nesses tempos nebulosos para o jornalismo.

Fonte: Hypeness

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