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Bento Gonçalves vai transformar lixo orgânico em energia

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A gestão estima uma economia de R$ 250 mil por mês em transporte e destinação do lixo.

Bento Gonçalves produz, em média, 110 toneladas de lixo por dia. Uma grande problema em tratamento de resíduo, que pode ser solucionado, ou talvez amenizado, com a construção de usina energética de resíduos sólidos.

É esta a proposta do município do estado do Rio Grande do Sul para os materiais orgânicos que, hoje, são transportados por caminhões até o aterro sanitário de Minas do Leão, localizado a cerca de 180 quilômetros da cidade.

A gestão estima uma economia de R$ 250 mil por mês em transporte e destinação do lixo. Além disso, “a usina criará novas oportunidades de trabalho e aumentará a receita municipal com a comercialização da energia gerada através da transformação dos resíduos em gás, combustível ou outras substâncias industrializadas”, afirma a prefeitura.

A usina de tratamento e eliminação dos Resíduos Sólidos Urbanos será implementado no formato de Parceria Público-Privada. O edital para a escolha do projeto foi vencido por uma empresa de Minas Gerais e o próximo passo é escolher a empresa responsável pela construção da usina. Bento Gonçalves vai ceder o terreno e os empresários vão construir e administrar o local pelo prazo de até 35 anos.

O sistema deverá fazer a separação do lixo com sensores que identificarão o que é plástico, papel, metal, vidro e lixo orgânico. A promessa da prefeitura é de que todo o lixo orgânico produzido pela população será  destinado para a usina até o primeiro semestre de 2019.

Energia renovável através da pirólise

A pirólise consiste na reação de decomposição por meio do calor na ausência de oxigênio. Este processo requer uma fonte externa de calor para aquecer a matéria, podendo fazer a temperatura variar de 300ºC a mais de 1000°C. No caso da usina a ser implementada em Bento Gonçalves, a matéria orgânica presente será tratada termicamente por pirólise e convertida em gás de síntese (aproximadamente 90% da matéria orgânica seca) e coque/carvão (10% restantes).

Para que a usina funcione é necessário a queima de cerca de 30% do gás de síntese gerado, fazendo com que este processo seja autossustentável, onde 70% do gás restante serão utilizados para a geração de energia elétrica.

Como outros inorgânicos também estarão presentes nos rejeitos sólidos da pirólise, calcula-se que os sólidos da pirólise terão entre 10% e 15% do peso do resíduo bruto.

A solução é considerada “limpa” para a decomposição do material orgânico (biomassa). Este processo, do ponto de vista ambiental, produz menor quantidade de cinzas e não contém metais pesados, sendo estudado por universidades em vários países, que buscam formas de agregar valor energético e comercial aos resíduos orgânicos.

Fonte: Ciclo Vivo

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