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Brasileira cria repelente natural contra mosquito da febre amarela

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O produto pode ser usado por pessoas que não podem tomar a vacina contra a doença.

Em meio a um surto da febre amarela que está preocupando brasileiros, uma startup chega com uma boa notícia: um biorrepelente aerosol que, utilizado em tecidos, protege até 60 dias contra o mosquito transmissor da doença.

O produto é vendido pela Aya Tech e foi criado depois de uma pesquisa de cinco anos feita pela engenheira química Fernanda Checchinato, 42, CEO da empresa e Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Fernanda, que é alérgica a insetos, tinha a vontade de criar algum produto que fosse útil para ela e para outras pessoas que enfrentavam o mesmo problema.

A ideia inicial era criar roupas que fossem repelentes e ela chegou até a produzir uniformes. Mas a pesquisadora então percebeu que seria melhor se a pessoa pudesse continuar usando suas próprias vestimentas. Foi então que ela criou o spray aerosol Protec, que tem componentes químicos que são absorvidos por tecidos e afastam os insetos.

A eficácia do produto foi comprovada em testes em laboratório que mostraram que o produto permanece no tecido por até 60 dias se não for lavado. Mas, segundo a criadora, o Protec fica na roupa por até 20 lavagens.

Feito a partir dos compostos naturais permetrina e água, o produto é inovador por não agredir seres humanos, animais e o meio ambiente. A permetrina, princípio ativo do biorrepelente, é retirado do crisântemo, uma flor muito comum no Brasil.

Diferentemente dos repelentes que conhecemos, o Protec não deve ser passado na pele. “Eu passo na roupa e esqueço”, afirma a pesquisadora. “Quando eu uso uma peça com o Protec, o inseto sente o princípio ativo do produto e se afasta”.

Mas o uso do repelente vai muito além das roupas; o produto pode ser borrifado diretamente em superfícies como sofás, cortinas, tapetes, carpetes, tiaras de cabelo e até coleiras de animais, além de pisos, azulejos e vasos de plantas.

O produto ainda não tem aprovação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fernanda está adequando o rótulo para que ele seja identificado como cosmético, já que a roupa com o repelente entra em contato com a pele.

Caso o Protec seja tratado como prioridade – por causa do surto da febre amarela – há chances de que ele seja aprovado em até 60 dias. Enquanto a aprovação não chega, a empresa pode comercializar o produto por não haver lei que proíba a operação.

Febre amarela

Com o surto da febre amarela no Brasil, Fernanda conta que a procura pelo produto teve um aumento significativo e a venda chegou a dobrar. “Isso acontece porque diferentemente da vacina que não pode ser tomada por todos, não há contraindicações para o uso do biorrepelente e pode ser até utilizado por grávidas”, explica.

De acordo com Fernanda, além de proteger contra transmissores da febre amarela, dengue, zica virus e chikungunya, o produto também fornece proteção contra ácaros, traça, formiga, barata, pulgas, carrapatos, muriçocas, borrachudos, pernilongos, moscas e outros insetos.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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