• ter. abr 23rd, 2024

Camada de ozônio está se recuperando, diz ONU

nov 9, 2018
Compartilhe Boas Notícias

Até 2060 os atuais buracos deverão estar recuperados.

Um relatório que acaba de ser divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revela que a camada de ozônio da Terra está finalmente se recuperando dos danos causados por aerossóis e refrigeradores. A proteção natural do planeta estava diminuindo desde o final dos anos 1970. Assim que os cientistas fizeram o alerta, produtos químicos que reagem com o ozônio foram eliminados em todo o mundo, como o gás CFC (clorofluorcarbono).

Como resultado, segundo a ONU, a camada de ozônio do Hemisfério Norte deve ser completamente reparada na década de 2030 e o buraco que fica sobre a Antártida deve desaparecer até 2060. “É uma ótima notícia. Se as substâncias que enfraquecem a camada de ozônio continuassem a ser produzidas, teríamos efeitos perigosos. Paramos com isso”, comenta o cientista Paul Newman, do Centro de Voo Espacial Goddard da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), co-autor do relatório, em comunicado enviado à imprensa.

Vale lembrar que o ozônio protege a Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol e que causam câncer de pele, danos nas plantações e outros problemas.

Essa camada começa a cerca de 9,6 km acima da superfície e se estende por quase 40 km. O ozônio é um gás incolor resultante da combinação de três átomos de oxigênio.

Depois que foi comprovada a ação do CFC sobre a camada de proteção da Terra, em 1987, países do mundo inteiro assinaram o Protocolo de Montreal, no Canadá, com o objetivo de eliminar, progressivamente, o uso de clorofluorcarbono em produtos, especialmente aerossóis e refrigeradores.

Paul Newman lembra que no final dos anos 1990, cerca de 10% da camada de ozônio estava destruída. Aumentando de 1% a 3% a cada década desde o ano 2000, informa o relatório da ONU.

Este ano, o buraco de ozônio sobre o Pólo Sul atingiu quase 24,8 milhões de km² – cerca de 16% do tamanho do maior buraco já registrado, que foi de 29,5 milhões km² em 2006.

O cientista da Nasa explica que o dano na camada protetora atinge seu pico em setembro e outubro e desaparece no final de dezembro até a próxima Primavera no Hemisfério Sul.

Se nada tivesse sido feito para impedir o desgaste do ozônio, o mundo teria destruído dois terços de sua camada protetora até 2065, afirma Newman.

Fonte: Revista Encontro

Loading