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Centro de Tradições Nordestinas abrirá as portas em São Gonçalo

jan 2, 2020
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O Nordeste ganhou um pedaço para chamar de seu em São Gonçalo.

Será inaugurado, na festa municipal do dia 25, o Centro de Tradições Nordestinas da cidade, na Rua José Augusto Pereira dos Santos, no bairro de Neves. A abertura terá com músicas de Gonzaguinha, comidas típicas e pista de patinação.

— O centro vai revitalizar o bairro porque fica numa área que estava abandonada, com vegetação alta e sem iluminação, próxima ao Colégio Municipal Ernani Faria. Os alunos ficavam com receio de circular pela região à noite — comenta Marcelle Côrrea, da Prefeitura de São Gonçalo.

O centro contará com quadra poliesportiva, área de patinação, espaço para exposições e um mirante para a Baía de Guanabara, que funcionarão durante toda a semana. Já as 14 barraquinhas de comidas tipicamente nordestinas e as 10 de artesanato e a área de shows funcionarão de sexta-feira a domingo e durante feriados. O espaço será para todas as idades e terá aparelhos de ginástica para idosos. Mesas e cadeiras de madeiras ficarão espalhadas pela nova praça.

Aproximadamente 350 comerciantes se inscreveram no edital para os quiosques, que foram escolhidos via sorteio. Cada feirante precisou pagar a construção da barraca, que custou cerca de R$ 7 mil. O projeto das barracas é padronizado e está sendo finalizado.

O advogado Jorge Pacheco, de 65 anos, morador de Mutondo, está animado com a inauguração. Com a filha, ele abrirá uma barraca de pastel, caldo de cana e chopp.

— Comércio está no meu sangue, trabalho com isso desde os meus 10 anos. Já tive uma mercearia-lanchonete-padaria, que era um pouco de tudo. Mesmo quando enveredei para a advocacia, era só ver um balcão de loja que já queria ir para trás trabalhar. Estar com o povo, lidar com as pessoas me encanta. É um comércio diferente do que eu já trabalhei, mas estou disposto a desbravar isso — comenta Pacheco.

Para atender as demandas de comida típica nordestina, Jorge servirá carne de sol com aipim, camarão e cachaças artesanais típicas. Ele também venderá carne seca, linguiça e manteiga de garrafa para o público consumir em casa.

Animado com a oportunidade, Jorge lamenta o alto custo para montagem do espaço, que impossibilitou que alguns comerciantes contemplados pelo edital conseguissem construir seu quiosque.

— Só para montar e pintar a barraca já gastei R$ 8 mil. Para ainda colocar geladeira, freezer e fogão, totalizou uns R$23 mil. Os impostos só da barraca devem custar uns R$4,6 mil por ano. E ainda querem cobrar por cada conjunto de mesa que colocarmos para os clientes. Estamos lutando para tentar ter pelo menos dois anos de isenção. Sem contar as contas de gás, luz e água — revela Pacheco.

O Centro de Tradições Nordestinas será administrado pela Secretaria de Turismo e Cultura em conjunto com a Fundação de Arte, Esporte e Lazer de São Gonçalo. A quadra poliesportiva foi construída em parceira com a distribuidora de energia Enel, como parte do projeto “Enel Compartilha Esporte e Lazer”. Até fevereiro, será finalizado o toldo para cobrir o espaço comercial, feito pela Prefeitura.

A artesã Yara Farias, de 60 anos, venderá lembrancinhas de pontos turísticos de São Gonçalo, como da Igreja da Matriz e da Praia das Pedrinhas, e do próprio Centro de Tradições Nordestinas. Ela está em processo de produção contínua para estar com tudo feito até a inauguração, no dia 25.

Yara promete que ficará na feira todos os dias “do segundo que abrir até fechar”. Seu desejo é que o turista possa levar uma lembrancinha própria de São Gonçalo, e de preferência com sua assinatura. Capixaba e descendente de alagoanos, Yara mora em São Gonçalo. no bairro do Mutua, desde os 15 anos.

— Vou usar muita chita, juta e bordado nas lembrancinhas. Já mandei fazer um chinelo com a fachada de feira, escrito “Lembrança da Feira de Tradição Nordestinas de Neves”, para diferenciar da Feira de São Cristóvão — conta Yara, que nomeou sua barraca de Toca Nordestina.

Fonte: Extra

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