O líquido usa sais de cobre, que segundo os pesquisadores, já são usados em larga escala na agricultura como fungicida para conter o avanço de pragas, em uma mistura de polímeros biodegradáveis, que funcionam como uma espécie de cola para a fixação dos sais.
“Nossa fórmula não é um agente sanitizante como o álcool 70 ou o hipoclorito de sódio que usamos na limpeza, esse é um processo para tornar a máscara capaz de inativar o vírus”, explica Marisa Masumi Beppu, professora titular da Faculdade de Engenharia Química e fundadora do Laboratório de Engenharia e Química de Produtos (Lequip), da Unicamp.
Os cientistas já pesquisavam o potencial das interações de metais com polímeros naturais na área ambiental e biomédica antes da pandemia. O surgimento dos primeiros casos da covid-19 no Brasil mudou a chavinha da pesquisa para a fabricação de um composto capaz de inativar o SARS-CoV-2 (o “nome e sobrenome” do coronavírus).
Primeiramente, a tecnologia foi pensada para ser aplicada sobre equipamentos de proteção individual (EPIs) dos profissionais de saúde que lidam diretamente com pessoas infectadas com o vírus. Mas logo se viu que o spray também poderia ser aplicado em máscaras de algodão.
De posse dos resultados alcançados, a Agência de Inovação Inova Unicamp entrou com um processo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial para patentear SprayCov e está oferecendo a tecnologia a empresas com potencial para levá-la ao mercado.
“Recentemente, tivemos a abordagem de empresas têxteis e também do setor público”, contou Beppu.
O custo para aplicar o SprayCov nas máscaras foi calculado pelos pesquisadores em pouco menos de R$ 0,02 por máscara.
Amostras do vírus SARS-CoV-2 e de outro tipo de coronavírus, mais resistente e que afeta apenas camundongos (chamado de MHV) foram colocadas em contato a fórmula e células vivas in vitro, no laboratório.
Verificou-se que a solução liberou íons que atacaram o vírus. Essas partículas eletricamente carregadas causaram rupturas, decompondo e destruindo a membrana que reveste o microorganismo. “Nessa camada mais externa, composta de glicoproteínas, ficam todas as informações genéticas que permitem ao coronavírus entrar em nossas células. Uma vez desfeita, o vírus deixa de existir e não consegue mais infectar o hospedeiro”, explica Clarice Weis Arns, professora titular do Instituto de Biologia, e responsável pelos testes.
O resultado foi que a solução além de não ser tóxica para as células conseguiu inibir a replicação do vírus, reduziu a capacidade de inoculação, acabando com os mecanismos que o vírus usa para a instalação da doença no organismo.
“Você está aplicando o produto muito próximo das vias aéreas superiores, se tiver algum vírus preso nos nossos cílios, no nariz ou na garganta o recobrimento da máscara pode ajudar a eliminar”, afirma.
O SprayCov também seria eficaz contra outros tipos de vírus, como os da Influenza.
*Com informações da Agência de Inovação da Unicamp
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