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Com ouro e prata, Brasil conquista 3º lugar em Olimpíada de Economia

out 15, 2018
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Em sua edição de estreia, o Brasil teve uma colocação de destaque na Olimpíada Internacional de Economia (da sigla em inglês IEO). Com duas medalhas de ouro e duas de prata, a equipe brasileira, composta pelos paulistas Adriano Kenzo, Henrique Lasevicius, Marcio Akira Imanishi de Moraes, Rafael Carlini e Tomás Aguirre, conquistou o terceiro lugar no ranking geral.

A competição contou com a participação de 13 países da Ásia, América e Europa, sendo que o Brasil foi o único representante latino-americano do evento. A IEO foi realizada no final de setembro em Moscou, Rússia, e foi organizada pela High School Economics, instituição russa que está entre as 200 melhores escolas de economia no mundo.

Foram premiadas também as equipes da Letônia e da Rússia, que conquistaram o primeiro e segundo lugar, respectivamente, além do Cazaquistão, que ficou empatado com o Brasil na terceira colocação.

Já de volta ao país, Marcio e Henrique, estudantes do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo, contaram que souberam da oportunidade de participar da primeira edição das olimpíadas brasileira e internacional de economia por meio de amigos. “Fiquei muito empolgado quando soube da criação da fase nacional, que tem o propósito de selecionar estudantes para a IEO”, afirma Henrique, que voltou para a casa com uma medalha de prata na bagagem.

A Olimpíada Brasileira de Economia (Obecon) foi organizada pelo Instituto Vertere e pode ser realizada através do aplicativo da competição, respondendo a 40 questões de múltipla escolha na primeira fase. “Já na segunda etapa, os 200 melhores colocados são convocados para uma prova presencial com oito questões de múltipla escolha e seis dissertativas”, explica Marcio, que ficou entre os cinco melhores da Obecon e conquistou o sétimo lugar da competição internacional, garantindo uma das medalhas de ouro do Brasil.

Assim que a equipe brasileira foi definida, os estudantes se desdobraram para aprender conceitos sobre finanças, economia e resolução de casos que estariam entre os desafios que encontrariam na Rússia.

Longe de casa
Lá, tiveram palestras e contaram com a orientação de grandes nomes da economia como Eric Maskin, professor de Harvard e Prêmio Nobel de Economia de 2007, Azer Talybov, ministro da Economia e Desenvolvimento da Rússia, além de membros de outras grandes universidades e bancos do país.

Para Marcio, que sonha em ser engenheiro, a oportunidade de ir para um país estrangeiro e estudar tópicos de mercados emergentes e crises financeiras ajudou a entender outras culturas.

“O fato de a olimpíada ter sido realizada na Rússia foi algo muito enriquecedor, pois ela representa um ponto de polaridade cultural ainda muito forte para nós do Ocidente”, concorda Henrique, que pretende estudar economia no exterior. “Foi uma completa imersão cultural e acadêmica. Conhecemos pessoas da Malásia à Áustria e tivemos acesso a professores e profissionais de alto nível.”

Inspirado pelas palavras de Maskin, teórico do design de mecanismos, Henrique acredita que a economia possa salvar vidas assim como as ciências da saúde o fazem. “Cerca de um terço das mortes no mundo poderiam ser evitadas se os recursos que temos fossem melhor distribuídos, e a economia pode mudar essa realidade, pois é a ciência responsável por organizar essa disposição”, conclui o estudante.

Fonte: Galileu

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