Na Copa de 2018, a seleção brasileira passará por Moscou para enfrentar a Sérvia, na primeira fase, e possivelmente em outros jogos, como a decisão no Estádio Luzhniki. Quem for torcer in loco pelo hexa, ou qualquer turista que visite a capital um dia, não deve ter dúvidas quanto à melhor forma de locomoção: se aventurar pelo metrô moscovita, construído na década de 30 sob ordens de Josef Stalin para ser um símbolo do regime comunista, é programa obrigatório. Na Rússia capitalista de hoje, as magníficas estações se tornaram museus subterrâneos.
Como andar de táxi em Moscou pode ser uma grande roubada, o metrô é sem dúvidas a opção mais barata – o tíquete unitário custa 50 rublos (2, 70 reais) e pode ser comprado nos caixas ou em máquinas com instruções em inglês – mas impõe desafios idiomáticos sérios da catraca para dentro. Com seus lustres magníficos e figuras de Lenin, Stalin e cia por todos os lados, as estações, sinalizadas com enormes M em vermelho na fachada, têm quase todas as placas em russo e no alfabeto cirílico. Apenas as estações recém-inauguradas, como a que leva ao estádio Luzhniki, têm sinalizações e avisos em inglês.
Para não sofrer tanto, os turistas devem ter sempre um mapa do metrô (de preferência em ambos os alfabetos) e tentar aprender ao menos o básico de cirílico. Por exemplo, o P russo é o nosso R, o Y é U e o V é B. Ainda assim, é difícil perceber que “Площадь Революции” é o mesmo que Ploshchad Revolyutsii (Praça da Revolução, a mais próxima da Praça Vermelha).
Para ajudar, há uma estrela vermelha no mapa simbolizando essa estação, uma das mais belas. Na Ploshchad Revolyutsii, encontram-se estátuas de bronze representando profissões, como jogador de futebol, e um guarda, acompanhado de um cachorro, cujo nariz é esfregado por turistas em busca de sorte.
Pedir ajuda sempre funciona, mas pode demorar, já que poucos russos, sobretudo os mais velhos, falam inglês. Há alguns aplicativos do metrô de Moscou disponíveis, que ajudam a calcular o itinerário. Uma das principais vantagens do octogenário metrô de Moscou é oferecer Wi-Fi gratuito com um simples cadastro, mas apenas para números de telefone russos. Por sinal, vale a pena comprar um chip local, que pode ser encontrado por 300 rublos (16 reais).
As 14 linhas com mais de 200 estações têm diferentes cores, o que ajuda bastante nas baldeações. O metrô funciona das 5h30 até a 1h, geralmente com intervalos curtos entre um trem e outro, e recebe 5 milhões de pessoas diariamente, segundo levantamentos recentes.
As estações são bastante profundas, geralmente com escadas rolantes gigantes. Dentre as mais belas e imperdíveis, estão a Komsomolskaya, repleta de imagens de militares, e a Kiyevskaya, colorida por mosaicos representando momentos da história da revolução dos bolcheviques.
Fonte: Veja
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