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Crânio brasileiro levado para Harvard será repatriado após 190 anos

Revolta dos Malês e a Jornada pelo Retorno de Arakunrin

No dia 24 de janeiro de 1835, Salvador testemunhou a Revolta dos Malês, uma insurreição de africanos muçulmanos contra a opressão e em busca de liberdade religiosa. Os “malês” são assim chamados do termo “imale”, que significa muçulmano na língua iorubá, e muitos eram alfabetizados em árabe, o que lhes permitiu planear discretamente suas ações.

Fotografia do Livrinho Encontrado Preso ao Pescoço de um Negro Morto Durante a Insurreição dos Malês na Bahia” esse raro manuscrito é um pequeno encadernado (aproximadamente 5 x 7cm)

Apesar do levante ter sido rapidamente sufocado pelo governo, sua marca na história persiste. Cerca de 600 homens participaram, e 20% deles foram mortos pelas forças policiais, enquanto outros foram punidos severamente.

Um fato intrigante é o crânio de um homem nagô ferido, que foi levado aos Estados Unidos e acabou na Universidade de Harvard, onde permanece até hoje. A prática daquela época buscava justificar hierarquias sociais através de teorias racistas e eugênicas.

Sarlandière, J., via National Library of Medicine.

O mapeamento do acervo de Harvard revelou a posse de restos mortais de africanos escravizados, instigando debates sobre reparação histórica e o legado da escravidão. A universidade reconheceu a origem imoral desses artefatos e comprometeu-se a devolver os restos mortais aos descendentes.

No Brasil, o Sheik Ahmad Abdul lidera esforços para trazer o crânio, carinhosamente chamado de Arakunrin, de volta. Essa repatriação é vista como uma lembrança da luta por igualdade. Em 2025, quando a Revolta dos Malês completa 190 anos, espera-se que o retorno ocorra, marcando simbolicamente a resistência africana.

Sheik Ahmad Abdul Hameed, em palestra sobre Religião como ferramenta para uma cultura de paz, 2024.

O Grupo de Trabalho Arakunrin, que inclui pesquisadores internacionais, trabalha na organização do retorno do crânio. O grupo planeja um estudo brevemente sobre o crânio em território brasileiro para reconstruir digitalmente a face de Arakunrin, antes de garantir um repouso respeitoso conforme os rituais islâmicos.

A repatriação do crânio não só significará justiça histórica, mas também servirá como um lembrete do impacto que movimentos organizados tiveram – e ainda podem ter – na sociedade.

Este é um resumo do texto original, gerado por IA. Para ler na íntegra acesse o link abaixo:

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