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Criado material que pode regenerar esmalte dos dentes

jun 25, 2018
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Pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres desenvolveram uma nova maneira de cultivar materiais mineralizados capazes de regenerar tecidos biológicos duros, como os ossos e até mesmo o esmalte dos dentes.

O esmalte, localizado na parte externa de nossos dentes, é o tecido mais duro do nosso corpo, podendo durar por praticamente toda a nossa vida, apesar das forças das mordidas, da exposição a alimentos e bebidas ácidas e a temperaturas muito variadas. Este desempenho notável resulta de sua estrutura molecular altamente organizada.

No entanto, ao contrário de outros tecidos do corpo, quando as coisas dão errado o esmalte dos dentes não se regenera, o que pode levar à dor e perda dentária. Por isso, dentistas e cientistas dos materiais do mundo todo tentam encontrar maneiras de recriar o esmalte dentário.

Sherif Elsharkawy e seus colegas deram um passo importante nesse sentido.

Eles desenvolveram uma técnica que usa um material específico à base de proteínas que é capaz de desencadear e guiar o crescimento de nanocristais de apatita em múltiplas escalas – da mesma forma como estes cristais crescem quando o esmalte dentário se desenvolve em nosso corpo. Esta organização estrutural é fundamental para as excelentes propriedades físicas exibidas pelo esmalte dental natural.

A apatita, ou, mais especificamente, a hidroxiapatita, é o fosfato de cálcio encontrado nos nossos dentes e ossos.

Tratamento da hipersensibilidade dentinária

A nova técnica permite criar materiais com precisão e ordenamento notáveis, gerando estruturas que se parecem e se comportam como o esmalte dentário.

Esses materiais poderão ser usados em uma ampla variedade de complicações dentárias, como a prevenção e o tratamento da cárie dentária ou a sensibilidade dentária – também conhecida como hipersensibilidade dentinária.

“Isso é empolgante porque a simplicidade e a versatilidade da plataforma de mineralização abrem oportunidades para tratar e regenerar tecidos dentários. Por exemplo, podemos desenvolver bandagens resistentes a ácidos que podem se infiltrar, mineralizar e proteger os túbulos dentinários expostos dos dentes humanos para o tratamento da hipersensibilidade dentinária,” disse o Elsharkawy.

A possibilidade de controlar o processo de mineralização abre ainda a possibilidade de criar materiais com propriedades que imitam diferentes tecidos duros além do esmalte, como os ossos e a dentina, o que transforma esses novos materiais de interesse em uma grande variedade de aplicações na medicina regenerativa.

Fonte: Diário da Saúde

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