Ciência

Descoberta de ossos muda a história do Homo sapiens como a conhecemos

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Os fósseis mais antigos da nossa espécie, Homo sapiens, foram descobertos em Marrocos. Um estudo publicado no periódico científico Nature revela que os ossos têm cerca de 300 mil anos —  os véstigios têm 100 mil anos de diferença em relação aos fósseis humanos mais antigos encontrados até então pelos cientistas.

“Isso é muito mais velho do que qualquer coisa que possa ter relação com a nossa espécie”, disse o pesquisador Jean-Jacques Hublin, do Instituto Max Plank, na Alemanha, ao IFL Science. “Essa nova idade — 300 mil anos — nos convenceu de que o material que apresentamos é a origem da nossa espécie. O Homo sapiens mais antigo já encontrado na África.”

A equipe de Hublin começou a realizar escavações no sítio arqueológico de Jebel Irhoud, em Marrocos, em 2004. Desde então, o grupo descobriu diversos fósseis e ferramentas. Entre as descobertas mais notáveis estão os restantes dos crânios de cinco pessoas, perto dos quais os arqueólogos encontraram lascas de pedra utilizadas em lanças.

Várias das lascas davam sinais de terem sido queimadas. Logo, os pesquisadores usaram um método chamado termoluminescência para calcular há quanto tempo isso tinha ocorrido. O resultado foi surpreendente: tudo indica que elas foram queimadas há cerca de 300 mil anos.

De acordo com os estudos, como os objetos pertenceram aos Homo sapiens, a espécie deve ter surgido na mesma época — até então se acreditava que ela tinha surgido há 195 mil anos, graças a fósseis encontrados em 2003 na Etiópia.

“Até agora, a sabedoria comum era de que a nossa espécie emergia rapidamente em algum lugar do ‘Jardim de Éden’ que era localizado na África subsariana”, disse Hublin à Nature. Segundo o pesquisador, a teoria de sua equipe é que a espécie surgiu e foi se desenvolvendo em todo o continente.

Origens
Segundo os arqueólogos, os rostos das pessoas que viveram há 300 mil anos têm várias semelhanças com as que vivem hoje: com rostos largos, os Homo sapiens daquela época tinham sobrancelhas grossas e queixos pequenos. “É o rosto de alguém por quem você poderia passar no metrô”, brincou Hublin em entrevista ao jornal The New York Times.

O cérebro dos antigos, no entanto, era bem diferente dos contemporâneos. Em vez de redondo, o órgão tinha um comprimento extenso, parecido com o dos hominídeos.

Fonte: Galileu

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