Descobertos na Argentina fósseis de dino com 40 metros e 100 toneladas

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Paleontólogos argentinos anunciaram na sexta-feira a descoberta, na Patagônia, dos restos fósseis de um enorme dinossauro que tinha 40 metros e pesava o equivalente a 14 elefantes, ou seja, 100 toneladas.

Trata-se do “maior exemplar conhecido, que tem 90 milhões de anos de antiguidade”, afirmou Rubén Cúneo, diretor do museu paleontológico Egidio Feruglio da cidade patagônica de Trelew, em declarações a jornalistas locais.

Os fósseis tinham sido encontrados por acaso em 2013 por um trabalhador rural em um campo localizado a 260 quilômetros de Trelew, na região da costa atlântica da província de Chubut, 1.300 km ao sul de Buenos Aires.

Trata-se de um fóssil de saurópode, herbívoro, e “com um comprimento aproximado de 40 metros da cabeça à cauda, o equivalente ao tamanho de 14 elefantes”, explicou Cúneo.

O exemplar, que ainda não tem nome, é a “descoberta mais completa desse tipo de dinossauro em nível mundial”, disse o cientista, contando que “foi preciso fazer um buraco muito grande” para poder resgatar os restos.

A equipe de cientistas do museu Egidio Feruglio, chefiada pelos paleontólogos José Luis Carballido e Diego Pol, comprovou a descoberta e descobriu, também, um enorme campo de fósseis nessa região de planície em Chubut.

“A quantidade de fragmentos encontrados, que correspondem a ao menos sete exemplares diferentes, faz desta descoberta a mais completa envolvendo dinossauros gigantes em nível mundial, algo transcendental para a ciência”, destacou Carballido em entrevista à AFP neste sábado.

“É algo extraordinário em todos os sentidos porque até agora o que se conhecia sobre os saurópodes procedia de descobertas fragmentárias”, disse o cientista.

Carballido, 36 anos, precisou que o achado envolve “10 vértebras do torso, 40 da cauda, parte do pescoço e patas completas”, o que permitirá “reconstruir completamente o animal”.

Os pesquisadores encontraram ainda fragmentos que permitirão, pela primeira vez, reconstruir a forma dos músculos, calcular a energia necessária para a locomoção dos gigantes e concluir seu padrão alimentar.

Além dos fósseis ósseos, foram encontrados fragmentos de troncos e folhas, “com o que será possível reconstruir completamente o ecossistema”. “Vamos poder realizar uma reconstrução muito precisa e responder muitas questões”.

“Os maiores dinossauros conhecidos habitavam o sul da Argentina (…) e não tínhamos evidência sobre os elementos propícios para o gigantismo, mas agora vamos poder analisar isto e desvendar a história evolutiva”.

“A investigação terá várias etapas: primeiro revelaremos a nova espécie, suas características. Calculamos que serão necessários mais cinco anos para realizar um estudo profundo da anatomia deste animal”, estimou Carballido.

A descoberta foi divulgada um dia depois de anunciado outro achado, o dos restos do primeiro dinossauro diplodócido na América do Sul, em Neuquén, sudoeste da Argentina, também na Patagônia, uma região rica em fósseis.

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