A Amazônia teve 11 mil km² de desmatamento entre agosto de 2019 e julho de 2020, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a floresta por imagens de satélites. A seca no Pantanal agravou as queimadas – e, de janeiro a setembro de 2020, 26% de todo o bioma já havia sido consumido pelas chamas.
Os números chamam a atenção sobre meio ambiente, tema que é recorrente no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2020 não deve ser diferente, afirma Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS.
Mas o aluno deve ficar atento: não é a notícia em si que vai cair na prova, e sim temas relacionados aos desmatamentos, queimadas ou a questões sobre meio ambiente em geral.
Um levantamento do SAS Plataforma de Educação, com base nas últimas dez edições do exame, aponta que:
- 17,1% das perguntas de geografia no Enem são sobre meio ambiente;
- e 10,8% das questões de química também estão ligadas a esse tema.
“O Enem gosta de cobrar temas perenes, que aparecem direto na sociedade, e meio ambiente é um deles”, afirma Celedônio.
No caso das queimadas do Pantanal, por exemplo, o aluno deve saber qual é a vegetação, o porquê de ela pegar fogo, como são as cascas das árvores e como é o sistema de alagamento e seca do bioma, afirma o professor de geografia do curso Objetivo, Tom Carvalho.
“A curiosidade é só um mote, um fato desencadeador. A dica é pegar um fato, sublinhar os termos e procurar as informações, para que o aluno construa seu próprio repertório”, explica.
Outro assunto que envolve meio ambiente e pode aparecer no Enem 2020 são os rompimentos das barragens de Mariana, ocorrido há cinco anos, e de Brumadinho, há quase dois.
“Temas ambientais e de impactos ambientais sempre estiveram presentes no Enem. E como vai aparecer? Pode ser Mariana, 5 anos atrás, pode ser Brumadinho, em janeiro de 2019, pode ser óleo no litoral brasileiro, que parece ter sido em outra vida, mas é recente”, explica André Freitas, gerente de projetos pedagógicos do Sistema pH.
Assim, extração de minérios, fórmulas químicas, efeitos do soterramento e recuperação ambiental são conceitos que poderão estar por trás desses temas.
Para se preparar para as atualidades que caem no Enem, as dicas são:
- Saiba como é feito o Enem: as questões que compõem o exame precisam ser pré-testadas, ou seja, elas caem em outras provas para que se conheça o nível de dificuldade. Depois de testadas, elas entram no Banco Nacional de Itens (BNI) e são escolhidas aleatoriamente para cada exame. Esse processo leva tempo, o que torna muito difícil que um acontecimento do segundo semestre de 2020 caia na prova, por exemplo.
- “Atualidade” não é sinônimo de “notícia de hoje”: um tema atual pode estar sendo discutido na sociedade há alguns anos, como é o caso das vacinas. A queda da imunização de doenças infectocontagiosas vem ocorrendo há alguns anos. Mas, caso o tema apareça no Enem 2020, os alunos poderão achar que é só por causa da pandemia do coronavírus.
- Identifique as habilidades e competências exigidas a partir de um fato: a notícia em si não vai ser cobrada no Enem. Então, não será preciso saber, por exemplo, quantos quilômetros quadrados do Pantanal foram queimados em 2020. É mais provável que a prova cobre características daquela vegetação.
“Há habilidades competências que o Enem cobra que tangenciam estes temas transversais. O conteúdo é menos importante do que a habilidade do candidato”, afirma André Freitas, do Sistema pH.
“Em uma prova com questões em TRI, essas competências e habilidades são mais importantes do que o contexto e pretexto que a questão está trazendo ali.”
Enem 2020 será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro (prova impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (prova digital).
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