Empresa cria jardim filtrante para tratar águas contaminadas

Com a atual preocupação referente ao uso da água e a necessidade de racionamento, ganham mais espaço iniciativas que abrangem o tratamento dos efluentes para posterior reuso em atividades que antes eram feitas com água potável.

Uma empresa Francesa, a Phytostore, resolveu integrar paisagismo com o tratamento dos efluentes, criando o jardim filtrante. Esse método que pode ser usado no tratamento de efluentes domésticos e industriais, condiciona lodos de estações de tratamento de esgoto (ETEs), para produção de composto fertilizante, além de realizar biorremediação de solos e revitalizar rios e lagos.

Como solução completa, a prática traduz todas as potencialidades de um projeto sustentável: Tratamento; Paisagístico; Biodiversidade; Econômico e Gestão. Além disso, mostra segurança no nível biológico, uma vez que pode ser montado com a flora natural do local, evitando problemas de introdução de espécies novas num ecossistema diferente.

A viabilidade econômica é ressaltada pela não necessidade de manutenção e pela eficiência do tratamento sem demandar material extra. Em cidades na qual o principal sistema de tratamento de efluente é dado por lagoas de estabilização e facultativas, os jardins flutuantes seriam facilmente aplicados, melhorando o nível de tratamento dado, a realidade paisagística e garantindo qualidade ao efluente descartado nos corpos hídricos.

“O sistema é composto basicamente por areia, pedras, plantas aquáticas e sua manutenção é muito simples, contribuindo com a sustentabilidade do meio ambiente e ainda traz harmonia paisagística”. Estas são palavras do pesquisador da EMBRAPA, Wilson Tadeu Lopes Silva, que elaborou um material explicativo completo para a construção do jardim filtrante e apresenta o esquema de como ficará o jardim filtrante após a montagem: