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Engenheiro e empresário criam cabine de banho itinerante para moradores de rua em São José, SP

ago 7, 2018
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Com 500 litros de água, projeto tem capacidade de oferecer 15 banhos gratuitos. Iniciativa já faz incursões por outras cidades paulistas.

A vontade de participar de um projeto social fez com que um engenheiro e um empresário se tornassem amigos para colocar a solidariedade em prática: Sidival Dias e Clayton Almeida uniram conhecimentos para criar uma cabine para levar banhos itinerantes para moradores de rua em São José dos Campos (SP).

Chamada de ‘Banho do Bem’, a iniciativa começou há dois anos e meio e atualmente tem sido levada para outras cidades no Estado. Os dois viajam em um carro que leva uma cabine dupla sobre rodas – como dois banheiros químicos adaptados para banho. Em cada um deles há uma bomba d´água de 250 litros cada.

A cada saída eles têm capacidade máxima de 15 banhos e também oferecem sabonetes e kits de higiene bucal para os moradores escovarem os dentes. Tudo no projeto – dos produtos de higiene pessoal até o combustível do carro – sai do bolso deles e da ajuda de alguns doadores.

Ideia

O engenheiro Sidival Dias explica que a origem da ideia foi uma inquietação depois de ter sido voluntário em alguns projetos sociais que distribuem sopa para moradores de rua.

“Esses projetos são importantes demais, mas senti que queria ajudar de outra maneira. Inspirado em projetos dos Estados Unidos e Austrália, comecei a pensar em adaptar a ideia do banho móvel para que a cabine pudesse ser transportada por um carro de passeio. Foi aí que entrou o Clayton. Eu fui orçar o projeto com ele, que ofereceu a mão de obra de graça”, disse.

Clayton conta que a amizade foi instantânea. “Não nos conhecíamos e ele foi me procurar para fazer um orçamento, gostei da ideia e nos tornamos amigos”, explicou o empresário, que acompanha Sidival em todas as saídas no projeto.

Missão

Sidival afirma que o projeto já atendeu, além de São José, também moradores de rua em São Paulo, Campinas e Mogi. Para ele, independentemente do local, a satisfação com o projeto só aumenta.

“Cada lugar tem sua história, mas em uma das vezes a pessoa ficou quatro semanas sem banho e, depois de tomar o ‘banho do bem’ se emocionou muito. Disse que fazia tempo desde a última vez. O pessoal de rua não se aproxima de você por vergonha, por saberem que não cheiram bem quando ficam dias sem se lavar. Quando você oferece o banho, você humaniza e oferece a chance de que eles se sintam como você por estarem limpos. É transformador de várias maneiras”, concluiu.

Fonte: G1

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