Bom Exemplo

‘Estou salvando vidas’, diz homem que já doou sangue 269 vezes no RN

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Dia Mundial do Doador de Sangue foi comemorado na ultima quinta-feira (14). ‘Super doadores’ potiguares falam sobre ato que consideram sacerdócio.

Sol, chuva, feriado ou trabalho. Não tem obstáculo que impeça ‘super doadores’ potiguares de exercerem aquele ato de cidadania que consideram um sacerdócio. O servidor público de Natal, Paulo Neris, já contabiliza 269 doações ao longo dos últimos 34 anos. O autônomo Flávio Dantas fez 186 doações, desde 1991.

Contando apenas com as doações deles, mais de 1800 pessoas podem ter sido beneficiadas ao longo desse período. É que, segundo entidades que atuam nessa área, cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas.

“Eu considero como uma responsabilidade. Salvo vidas. É um sacerdórcio”, diz Paulo.

Ele conta que começou a doar sangue aos 18 anos, por influência do pai, militar da Marinha, que tinha esse hábito. Ele conta que antes podia doar mensalmente, mas agora existem restrições que só permitem quatro doações por ano.

“Acho que poderia ser pelo menos seis vezes ao ano”, diz, achando que poderia ajudar um pouco mais.

Além de doar, ele organizou uma associação que já tem 14 anos e conecta doadores de sangue. Dessa forma, eles ficam sabendo de forma mais rápida das necessidades de doação.

Paulo conta que sempre doou para pessoas que sequer conhece. “Graças a Deus, nunca precisei fazer isso por um familiar, um parente. Tem pessoas que doam por essa necessidade. Mas tem pessoas que apenas se sensibilizam pela causa. Comigo foi assim, aprendi com meu pai”, lembra.

Há 27 anos, Flávio percorre o mesmo caminho quase todos os meses. Ele vai tanto ao Hemonorte, que já é conhecido pelos funcionários. São várias as carteiras de doador que ele já conseguiu preencher.

“Todo dia tem uma pessoa no hospital necessitando de uma doação de sangue, e eu tenho saúde, posso vir doar de mês em mês, ou de dois em dois meses. Se todo mundo tivesse essa consciência, jamais os estoques do banco de sangue estariam baixos”, considera.

Flávio diz que sua primeira ida ao Hemonorte, em 1991, foi só para conseguir uma folga no trabalho. Mas depois ele “tomou gosto”, entendeu a necessidade das pessoas e passou a se sentir responsável por elas. Foi um caminho sem volta.

Uma das pessoas que podem ter sido beneficiada pelo sangue desses doadores é a dona Nair, que porta a anemia falciforme e sofre cada vez mais com os sintomas da doença. Cansaço, apatia e dores fortes. Nem os caros remédios aliviam os sintomas como uma única bolsa de sangue. Quandos as hemácias estão baixas, a transfusão faz ela se sentir outra.

A paciente não conhece os doadores, mas é grata por todos os que ajudam a manter os estoques de sangue no Hemonorte. “Quem tem saúde, quem pode, que faça esse ato de amor, de salvar uma vida em uma doação. As vezes as pessoas acham que nao tem valor. Pra gente que toma sangue, tem valor demais”, diz.

Fonte: G1

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