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Como um estudante de 20 anos já entregou 5 mil refeições para quem tem fome na pandemia

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Philippe sai toda noite com seu carro para distribuir a la minuta, arroz com feijão, carreteiro e massa com molho em Porto Alegre

Mais de 5 mil refeições entregues em menos de um mês. Esse é o saldo do projeto Rango na Embalagem, criado por Philippe Reis Maillard, um estudante de Direito de 20 anos. A ideia veio quando ele se deu conta de que, apesar das inúmeras iniciativas de doação de alimentos em Porto Alegre, muita gente não tem sequer onde cozinhar.

– Um dia, um morador de rua me devolveu dois quilos de massa porque não tinha como preparar. Muita gente não tem casa, que dirá um fogão. Aquilo me fez pensar – relembra Philippe. 

Foi aí que ele ligou para o amigo Diego Matos, 32 anos, dono de uma empresa de grãos e farináceos. Esses produtos são vendidos dentro de embalagens com uma espécie de zíper interno chamado zip lock – você já deve ter comprado algo assim. Com o sistema abre e fecha, o alimento fica protegido e a temperatura se mantém por mais tempo. 

– Pensei: vamos cozinhar, colocar comida ali e entregar para o pessoal que tem fome – conta Philippe.

Diego topou doar as embalagens. E os dois salários do estágio no Ministério Público, que Philippe tinha guardados na conta, serviram para as compras no mercado. Com a ajuda dos pais e do irmão, ficaram prontas as primeiras quentinhas. Depois, pedindo apoio nas redes sociais, vieram doações de amigos, colegas, professores e desconhecidos – e de locais inesperados, como Bahia e Canadá.

Chegaram, também, mais ajudantes: hoje são 30 pessoas cozinhando em casa. Fazem à la minuta, arroz com feijão, carreteiro, risoto, massa com molho. Toda noite, Philippe sai de seu apartamento, no bairro Bela Vista, e passa de lar em lar buscando as embalagens com comida e botando no porta-malas do Cobalt cinza, para em seguida entregá-las em ruas, viadutos e praças.

Pela janela do carro, ele borrifa com álcool gel as mãos dos moradores de rua. Depois alcança comida, talheres, água e detergente.

– Sou estudante de uma universidade federal, então sinto que devo esse retorno à sociedade – afirma Philippe, que, nos últimos dias, enquanto aguarda a chegada de mais 1,5 mil embalagens com zíper, tem feito as entregas em marmitas de isopor.

Com Rossana Ruschel
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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