O caso aconteceu no Novo México (EUA), segundo reporta a Fox News, notando que o jovem de 10 anos tropeçou literalmente em um crânio de Stegomastodon, um parente dos elefantes pré-históricos gonfotérios e que é, muitas vezes, confundido com os mamutes pré-históricos ou mastodontes.
“Penso que é apenas o segundo crânio de Stegomastodon encontrado no estado do Novo México”, refere à Fox News o professor de Biologia Peter Houde, da Universidade do Estado do Novo México, que teve oportunidade de analisar a descoberta em primeira mão.
Quando perceberam que o filho Jude Sparks tinha detectado alguma coisa muito diferente de tudo o que conheciam, os pais do garoto telefonaram a Peter Houde para que ele pudesse confirmar a surpreendente descoberta.
O professor destaca que o crânio encontrado pelo menino é o mais completo dos que foram descobertos até agora dos gêneros Cuvieronius e Stegomastodon, elefantes pré-históricos que viveram nas Américas do Norte e do Sul e podiam atingir quase 3 metros de altura e seis de comprimento (contando com a extensão das presas).
Peter Houde nota que os “crânios intactos” destes “dinossauros” pertencentes a um grupo primitivo de mamíferos proboscídeos, ou ‘elefantóides’, são “extremamente raros”, o que destaca ainda mais a impressionante descoberta acidental da criança.
“Seriam muito parecidos com os elefantes modernos se fossem vivos hoje, embora os Cuvieronius tivessem presas em espiral”, explica Peter Houde na Fox, acrescentando que “suas pernas podiam ser um pouco mais atarracadas”.
“Mas a principal diferença dos elefantes está nos seus dentes molares, refletindo a dieta mais baseada na procura de arbustos”, nota o professor de Biologia.
Peter Houde também considera que o fóssil encontrado pelo rapaz teria sido desenterrado por chuvas recentes que ocorreram na região.
Agora, o próximo desafio é procurar mais vestígios do dinossauro na zona onde foi descoberto, próximo das Montanhas Organ, na zona de Las Cruces, no Novo México.
O rapaz tropeçou no fóssil em novembro de 2016, mas só agora a descoberta foi tornada pública para permitir aos pesquisadores da Universidade do Estado do Novo México obterem a autorização para mais escavações na zona.
Fonte: Cibéria
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