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Ginástica do Brasil ganha força com melhor campanha da história no Pan

ago 1, 2019
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Delegação brasileira deixa Lima com 11 medalhas na bagagem, superando Rio 2007 pelo número de pratas, e vê expectativa crescer para a disputa em Stuttgart, classificatória para a Olimpíada

O saldo impressiona. As expectativas apontavam um bom rendimento da ginástica artística do Brasil em Lima, mas não se esperava tanto. Foram 11 medalhas no total, com quatro ouros, quatro pratas e três bronzes, na melhor campanha do esporte em Jogos Pan-Americanos, superando os números de Rio 2007 (veja abaixo). De quebra, colocou o país na liderança do quadro de medalhas da modalidade na capital peruana. O resultado dá confiança rumo ao maior desafio da temporada, o Mundial de Stuttgart, em outubro.

Quadro de medalhas da ginástica

PaísOurosPratasBronzes
Brasil443
EUA362
Canadá324

É preciso, porém, clarear um pouco o caminho e mostrar que os números poderiam ser até melhores não fossem alguns poréns. Como se Rebeca Andrade, maior aposta do Comitê Olímpico do Brasil, não se lesionasse a um mês dos Jogos. Ou se Jade Barbosa também não sofresse a torção no joelho esquerdo na semana da competição. Ou, ainda, se o favoritismo de Arthur Zanetti se confirmasse em ouro, e não prata. As onze medalhas, então, impressionam diante dos problemas enfrentados no meio do caminho.

O maior destaque ficou por conta do desempenho masculino. O ouro por equipes comprova o rendimento, mas não apenas ele. Caio Souza e Arthur Nory fizeram uma dobradinha inédita no individual geral. Antes, o Brasil sequer havia subido ao pódio na prova. Os três ouros de Francisco Barretto também foram fundamentais para que o Brasil terminasse à frente dos Estados Unidos na tabela de classificação.

– Não existe segredo, é trabalho. A comissão inteira está trabalhando junto, com o mesmo foco, é uma equipe. Os resultados individuais foram consequência de um trabalho em equipe. Não tem segredo – disse o ginasta.

Desde antes da chegada a Lima, a comissão técnica deixou claro que o maior objetivo da temporada seria mesmo o Mundial. O Pan, então, ganhava importância na preparação para a competição, que classifica para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem.

– Os resultados mostram o trabalho que vem sendo feito. É um grupo muito forte, de jovens talentosos, mas acima de tudo muito esforçados. Ter a melhor participação do Brasil na história da ginástica artística não foi simples, mas isso tudo está ligado a nossa preparação para cá. Foi muito intensa, a ginástica é um esporte que você precisa estar pronto para qualquer adversidade, e eles estavam preparados para isso – afirmou Henrique Motta, coordenador da Confederação Brasileira de Ginástica.

Medalhas do Brasil em Lima

MedalhaProva
Equipe MasculinaOuroEquipe
Equipe FemininaBronzeEquipe
Francisco BarrettoOuroCavalo com alças
Francisco BarrettoOuroBarra Fixa
Caio SouzaOuroIndividual Geral
Arthur ZanettiPrataArgolas
Arthur NoryPrataIndividual Geral
Arthur NoryPrataBarra Fixa
Caio SouzaPrataParalelas
Flávia SaraivaBronzeSolo
Flávia SaraivaBronzeSolo

A sensação é que, se a equipe feminina estivesse completa, os resultados seriam ainda melhores. Sem Rebeca e Jade, Flávia Saraiva liderou o time com três bronzes em Lima (individual geral, solo e equipe).

A equipe masculina conseguiu fazer um resultado excepcional, a equipe feminina também conseguiu uma grande realização. Não tínhamos a presença da Rebeca, que é uma das atletas que fazem, sim, parte do nosso quadro. Além disso, tivemos a Jade fora também. Mas nada disso impediu que o Brasil fizesse a melhor participação da história – afirmou Henrique.

Dono de um ouro e duas pratas, Arthur Nory vê a equipe pronta para a disputa do Mundial em Stuttgart, em outubro.

– A gente falava que o Pan seria uma preparação para ver como está a equipe e para ver as séries, porque o Mundial é decisivo, é um classificatório para a Olimpíada. A série precisa estar mais redonda possível. É subir e acertar, subir e acertar. Todos que estiverem na equipe. É isso. O Pan foi essa preparação. É continuar trabalhando, porque vimos que o trabalho está dando certo. É muito difícil. Então tem de trabalhar mais. É voltar para casa, curtir um dia e depois já voltar focado e trabalhar. Tem o Brasileiro que vai ajudar a definir a equipe (para o Mundial), porque a equipe masculina está grande. Temos 12 atletas aí bem homogêneos. Todos têm de estar bem preparados para chegar ao Mundial e classificar.

Fonte: G1

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