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Idoso de 64 anos ganha bolsa de estudos após fazer Enem pela 5ª vez em RO

nov 18, 2019
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Agora, João Isaac realizará o sonho de cursar engenharia civil em 2020. Essa será a primeira graduação dele.

Uma semana depois de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, João Isaac, de 64 anos, ganhou uma bolsa de estudos para ingressar em uma faculdade de Porto Velho. Ele sonha cursar engenharia civil.

 A edição do Enem deste ano foi a quinta tentativa de João para ingressar em uma universidade. Com a bolsa, ele vai fazer a primeira faculdade aos 64 anos.

“Não tenho palavras para descrever o sentimento que me toma. Ganhei 100% da bolsa para fazer engenharia civil, a promessa que faço é que vou me dar 100% para fazer o meu melhor”, garante.

O desejo de cursar engenharia civil, conta Isaac, surgiu após acompanhar a trajetória do filho, Clebson Vasconcelos, na faculdade de arquitetura e urbanismo. “Agora vou ficar ainda mais próximo do meu filho. A construção civil me fascina e vou poder trabalhar ao lado dele nos projetos”.

‘Quem acredita sempre alcança’

O primeiro contato de João Isaac com a faculdade foi ao lado dos filhos Clebson Vasconcelos e Gracilene Vasconcelos.

“Mesmo tendo feito faculdade e hoje sendo professor, acompanhar meu pai pelos corredores da faculdade é algo extraordinário. A gente se emociona com ele”, diz Clebson.

Para Gracilene o pai é uma inspiração. “Ele nunca deixou de sonhar. Mesmo quando muitas das vezes a gente, da família, deixamos de acreditar, ele permaneceu firme e agora todos nós estamos vendo que quem acredita sempre alcança”.

Tour pela faculdade

Antes de fazer a matrícula no curso de engenharia civil, o reitor da instituição levou João Isaac para conhecer as salas, laboratórios e professores do local.

“Nossa, é incrível o cheiro das salas de aula. Já consigo me imaginar estudando aqui. Eu não vou querer sair mais daqui. Vou fazer o meu melhor”, diz João Isaac.

De acordo com o reitor, a procura de pessoas da terceira idade para ingressar na faculdade ainda é pequena.”Não temos números exatos, mas não há uma procura significativa”, conta.

Fonte: G1

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