O texto da Time salienta que as duas estavam apenas fazendo seu trabalho, mas mesmo assim o fato de duas mulheres terem executado trabalhos intelectual e fisicamente exigentes em uma das circunstâncias mais desafiadoras em que humanos podem operar —- a uma altitude orbital de cerca de 400 km, velocidade de mais de 28 mil km/h —- é um evento importante.
“Não porque essas mulheres provaram o que nós, mulheres, podemos fazer; isso nunca esteve em dúvida. Mas porque o mundo inteiro viu, incluindo os ‘porteiros’ (frequentemente homens) que determinam quem tem acesso a essas oportunidades”, diz o texto, escrito por Mae Jemison, a ex-astronauta da Nasa que foi a primeira mulher afro-americana no espaço.
Chamada de unidade de carga/descarga de bateria, a peça trocada por Meir e Koch faz parte do sistema de energia da estação. A missão durou sete horas e 17 minutos.
O feito realizado pela dupla era esperado para o final de março de 2019 quando Koch e outra astronauta, Anne McClain sairiam da ISS juntas. Mas o plano não deu certo porque não havia trajes espaciais do tamanho adequado para equipá-las com segurança.
“Elas executaram [a tarefa] usando trajes espaciais desenhado primariamente nos anos 1970, quando não havia mulheres astronautas e as mulheres eram apenas 16% da força de trabalho da Nasa”, escreve Jemison.
Se você tem curiosidade para saber o que Meir e Koch fizeram até chegarem à Estação Espacial Internacional, antecipamos que foram caminhos longos, ricos e bem diferentes.
Ambas foram selecionadas como astronautas da agência em 2013 e a trajetória de Christina Koch talvez seja a mais tradicional, por estar sempre ligada às ciências exatas.
Hoje com 40 anos, ela cresceu na Carolina do Norte e lá concluiu o colégio, com estudos focados em ciências e matemática, e entrou na universidade NC State. Desta instituição, Koch se tornou mestre em engenharia elétrica e bacharel em física.
Jessica Meir, 42 anos, começou a vida acadêmica com um título de bacharel em artes em biologia, obtido na prestigiada Brown University (da mesma “liga” de Harvard). A academia levou a bióloga a uma área completamente distinta no mestrado: Estudos Espaciais na Universidade Espacial Internacional, sediada na França. Ela não parou por aí, afinal se tornou doutora em Biologia Marinha pela UC San Diego.
Essa relação com a biologia está marcada na descrição dela no Twitter: “Astronauta da Nasa. Fisiologista comparativa. Exploradora. Amante da natureza. Atual residente da Estação Espacial Internacional”.
Os estudos podem diferenciar as primeiras mulheres a realizarem uma caminhada espacial juntas, mas o vínculo das duas com a Nasa começou muitos anos antes de elas serem selecionadas juntas para a 21ª turma de astronautas da agência. Dois anos mais velha, Meir começou os trabalhos relacionados à agência espacial mais cedo, em 2000.
Usando seus conhecimentos em biologia, combinados com os estudos espaciais, ela trabalhou com pesquisa de fisiologia humana no —hoje finado— programa de ônibus espacial e na Estação Espacial Internacional. Na mesma época, Meir estudou experimentos da Nasa em voos de aeronaves com gravidade reduzida e participou da tripulação do submarino Aquarius na quarta edição das Missões de Operações de Ambientes Extremos, em 2002.
Koch graduou no programa de academia da Nasa em 2001 e trabalhou como engenheira eletricista no laboratório de astrofísica das altas energias do Goddard Space Flight Center, em Maryland, de 2002 a 2004. Lá ela contribuiu com instrumentos científicos usados em missões da agência espacial, a partir de estudos em cosmologia e astrofísica.
Hoje, anos depois, ela se diz “sortuda por estar vivendo dentro de uma maravilha da engenharia”.
Depois dessas primeiras experiências na agência, Meir e Koch seguiram suas carreiras para caminhos bem diversos.
Meir foi estudar a fisiologia de mergulho de mamíferos marinhos e pássaros, com foco no Pinguim-imperador, e treinar gansos a voar em túneis de vento para obter medidas fisiológicas em condições adversas de oxigênio. Os dois trabalhos a levaram ao posto de professora assistente em Harvard, onde ela seguiu estudando a fisiologia de animais em ambientes extremos.
A colega de caminhada espacial não ficou muito atrás: Koch representou os Estados Unidos como pesquisadora na Antártica, ficando mais de um ano em uma estação no Polo Sul e participando do programa americano na região de 2004 a 2007.
A então engenheira eletricista até voltou a trabalhar com desenvolvimento de instrumentos científicos espaciais no ambiente universitário, contribuindo para a Nasa, mas logo retomou seus trabalhos de campo na Antártica, Groenlândia, Alaska e Samoa Americana, no meio do Oceano Pacífico.
A trajetória aventureira colocou-as na mesma turma e culminou com o feito histórico desta sexta. Para Christina Koch, os feitos históricos ainda não acabaram. Após coloca-la em três expedições consecutivas na Estação Espacial Internacional, a Nasa planeja que ela se torne a mulher a ficar mais tempo no espaço. Na estação desde março, ela tem retorno previsto em fevereiro de 2020, após 328 dias na órbita do planeta.
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