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Japão entende a energia solar como melhor opção após desastre nuclear de Fukushima

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Em consequência do desastre nuclear que está acontecendo agora no Japão com milhares de litros contaminados com radiação sendo despejado diariamente no Oceano Pacífico.

O governo do país decidiu instituir um programa de grande escala encorajando (e subsidiando) a construção de novas usinas e, principalmente, levando os consumidores a preferirem a energia solar a outros tipos de energia.

A solar foi a fonte de energia que mais recebeu investimentos no mundo todo no ano passado, com cerca de 1,5 bilhão de dólares. Europa, Ásia e América do Norte são os continentes que mais apostaram neste setor.

No Japão, pós o terremoto e o tsunami que atingiram a usina nuclear de Fukushima, em março 2011, o país passou a apostar em novas fontes de energia, capazes de superar a crise nuclear. O apoio do governo japonês para a implementação destes sistemas é cerca de três vezes maior do que o oferecido pela Alemanha ou pela China.

Após o desastre, os 54 reatores nucleares do país, que a cada 13 meses eram desligados para passarem por inspeções de segurança, não foram reativados, e os que não foram encerrados para avaliações foram sendo desativados aos poucos.

No final de março de 2013, o reator N° 6, do complexo nuclear de Kashiwazaki-Kariwa foi fechado, tornando-se o penúltimo a ser desligado no país. O único que ainda permanece em funcionamento, na ilha de Hokkaido, deve ser paralisado em breve, tornando o Japão um país livre de energia atômica.

Para substituir as centrais de energia nuclear, o Japão esta investindo no projeto denominado “Cinturão solar do Leste de Japão”, em que a previsão é de construir 10 novas plantas solares.

Iniciando suas operações em 1° de novembro de 2013, e já em pleno funcionamento,  a Kagoshima Nanatsujima Mega Solar Power Plant  com capacidade de gerar 70 mW, ocupa uma área de mais de 1,2 milhão de metros quadrados

A construção foi feita no extremo sul do Japão, numa enseada bastante segura mesmo em caso de ameaças naturais

A usina é composta por 290 mil painéis solares e fica em Kagoshima, no sul do país. A energia gerada é capaz de alimentar cerca de 22 mil residências.

A criação da gigante solar – que ocupa uma área três vezes maior que o Vaticano – não tem participação apenas da Kyocera. Junto com a empresa, outras seis companhias gerenciarão o complexo.
Com uma sala de observação com vista para as instalações, a planta de Kagoshima espera atrair turistas e estudantes, para divulgar a utilização de energia solar.

Para promover ainda mais o uso de energias renováveis, o governo japonês lançou um programa FIT (feed-in-tariffs) reestruturado em julho de 2012, que determina que os serviços públicos locais sejam obrigados a comprar 100% da energia gerada a partir de instalações solares de mais de 10 quilowatts (kW) por um período de 20 anos.

E no final de março de 2013, Japão já atingia uma capacidade acumulada de 6707 MW. Mas para incentivar ainda mais o uso de energia solar em residências, o Ministério da Economia, Comercio e Indústria do Japão tem intenção de continuar a apoiar a instalação de sistemas fotovoltaicos nos telhados de todo o Japão. O governo planeja conceder empréstimos a juros baixos, para que as empresas solares possam alugar as superfícies dos telhados residenciais, para instalar sistemas de pequeno porte. De acordo com a proposta os proprietários receberão o aluguel pelo uso de seus telhados, enquanto as empresas de energia solar venderão a produção dos sistemas à rede nacional de energia elétrica.

A seguir veja outros exemplos de utilização de energia solar no Japão:

Ota, a cidade solar:

A cidade de Ota, que fica na província de Gunma, localizada a 138 km de Tokyo, conta com uma população de 220.000 habitantes. Atualmente, a cidade conta com mais de 1000 residências com painéis solares, tornando-se conhecida como “A cidade solar”.

A tecnologia utilizada são os painéis fotovoltaicos, que geralmente são confundidos com coletores solares térmicos, utilizados somente para o aquecimento de água. O sistema fotovoltaico é constituído por módulos conectados de forma a gerar a quantidade de energia necessária.

Takamatsu Ikushima em Kagawa Prefecture, Japão (2,4 MW)

Inaugurada em 25 de julho de 2013, foi a primeira a ser lançada dentro do plano de construção de até 35 medias e pequenas plantas de energia solar em Japão.

Hokkaido: Projeto de Energia Solar (30 MW)

São cerca de 135 mil módulos para uma mega usina de energia solar na ilha de Hokkaido. A área do projeto ocupa de 625mil m², e esta prevista para entrar em operação em março de 2014. A usina deverá gerar eletricidade para cerca de 9.600 famílias e compensar cerca de 11.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.

Projeto de Energia Solar para instalações agrícolas em todo o Japão (30 MW)

Serão fornecidos cerca de 30 MW de módulos solares de um dos maiores projetos de energia solar no Japão a ser implementadas pela Federação Nacional de Cooperativa Agrícola (Zen-Noh) e,a Mitsubishi Corporation (anunciado em junho de 2013). Zen-Noh e Mitsubishi está planejando instalar um total de 200 MW de sistemas solares em agricultores e instalações do Grupo Zen-Noh até o final do ano fiscal de 2015.

Para a fase inicial do projeto, os 30 MW de módulos solares Kyocera serão instalados em cerca de 80 das instalações do Grupo Zen-Noh em todo o país, tais como celeiros de gado, centros de distribuição e estacionamentos. O projeto vale cerca de 8,5 bilhões de ienes, e geraria cerca de 30.000 MWh de energia elétrica para 8.300 famílias, resultando em 10.800 toneladas de redução de emissões de dióxido de carbono anualmente

SoftBank Izumiotsu Solar Park, em Osaka (19,6 MW)

Previsto para entrar em operação em julho de 2014, o parque solar ocupa uma área de cerca de 25ha e usa aproximadamente 80.000 módulos solares da Kyocera, e deverá gerar cerca de 20.680 MWh de eletricidade por ano para abastecer 5.700 casas.

Okumatsushima “Kizuna” Solar Park, em Higashi-Matsushima City

Localizado na província de Miyagi, no Japão, equipado com 3,6 MW de módulos solares, já esta em operação.

Com 315m de comprimento e 37m de altura, é considerada a maior estrutura geradora de energia solar do mundo. O museu tem como missão conscientizar as pessoas (principalmente crianças) sobre o tema da energia solar. Tem mais de 5000 painéis que produzem cerca de 530 mil quilowatts-hora, numa base anual e uma potência máxima do sistema de 630 quilowatts.

Solar-Ark – o Museu construído pela Sanyo:

 

Fonte: http://www.ecoeficientes.com.br/

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