Londres lança plano de mobilidade urbana sustentável

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A capital britânica é a primeira cidade do mundo a ter um conjunto de ações que vai transformar a qualidade de vida de seus habitantes

O Departamento de Transporte para Londres (TfL) lançou um plano de ação até 2021 que, até o momento, é considerado o único do tipo no mundo. A iniciativa apresenta 10 medidas e parte da premissa de que as ruas, o meio-ambiente e o transporte influenciam no bem-estar dos habitantes, assim, as melhorias realizadas nestes têm a capacidade de melhorar a saúde da população e, portanto, sua qualidade de vida.

Por envolver áreas de impacto na vida urbana, como o transporte e a saúde, o plano foi recentemente selecionado pela Associação Internacional de Transporte Público (UITP)  como um dos melhores projetos do ano na categoria Estratégia de Transporte Público.

A seguir, mais informações sobre o plano.

Plano de Ação de Transporte: Melhorando a saúde da população londrina

Em duas de cada três viagens realizadas em transporte público em Londres, a pessoa caminha cerca de cinco minutos, segundo TfL. Assim, uma pessoa adulta pode fazer grande parte da atividade física que necessita em seu translado diário, e o transporte público cumpre com uma das suas maiores funções para a saúde, que é manter os cidadãos fisicamente ativos.

Contudo, para que estas caminhadas se tornem muito mais agradáveis, a capital britânica iniciou um investimento de 4 bilhões de libras esterlinas que procura converter estes lugares em espaços públicos mais atrativos, seguros e verdes para que os pedestres e ciclistas os integrem em seus cotidianos.

Deste modo, pretende-se melhorar a experiência e fazer com que o transporte público continue cumprindo uma das suas funções mais importantes, que é garantir o acesso aos espaços de educação, entretenimento, serviços, aumentando, assim, o bem-estar da população.

As 10 medidas previstas no plano

Londres, Reino Unido. © Steven Vance, via Flickr.

No documento oficial do plano estão detalhadas as medidas estratégicas que abordam os impactos do transporte, tanto público quanto privado, na saúde dos londrinos.

Hoje, 38% do dia dos habitantes é gasto em deslocamentos em automóveis (privados e táxis), portanto, uma das metas do plano é desincentivar o uso destes, baixando a cifra para 6%. Para isto, as ações focam em melhorar os espaços públicos com o objetivo de fomentar os deslocamentos sustentáveis, isto é, a pé e em bicicleta.

As políticas para melhorar a saúde através do transporte também são detalhadas no documento. Para isto se considera, entre outros objetivos, melhorar a segurança dos habitantes para que se sintam confortáveis ao se deslocarem pelas ruas, seja caminhando ou em bicicleta, e possam, então, adotar e manter este modo de deslocamento nas suas rotinas diárias.

Outro objetivo é melhorar as oportunidades de transporte, ou seja, ser acessível para pessoas de todas as idades e condições físicas. Um terceiro objetivo consiste em garantir o bem-estar da saúde pública através da redução da sua contribuição à mudança climática.

A falta de atividade física é uma das maiores ameaças para a saúde da população, podendo causar doenças cardíacas, câncer e outras crônicas, como diabetes e depressão. Por esta razão, o plano busca fomentar os deslocamentos sustentáveis em diferentes etapas da vida, já que se considera que uma pessoa de 80 anos pode obter o exercício que necessita diariamente em um deslocamento pela cidade e assim aumentar sua atividade psicológica em até 16%.

Além disso, leva-se em conta que com o ritmo atual que se vive na ruas e suas condições, deve-se reduzir os acidentes do trânsito, o ruído e a contaminação atmosférica. A proposta para este ponto consiste em construir ruas mais saudáveis, isto é, aquelas onde os deslocamentos permitem reduzir os efeitos negativos à saúde e são uma opção muito mais agradável para transitar a pé ou em bicicleta.

Estas ruas foram vistas pelo Departamento de Rodovias de Londres (RTF) como uma opção que beneficia a economia local, o meio-ambiente e a sociedade.

Embora a implementação do plano seja em longo prazo, ele também conta com medidas de curto prazo, das quais algumas já estão sendo aplicadas, como a construção de mais ciclovias e do projeto Crossrail Bikes. Esta proposta foi aprovada em fevereiro e prevê a construção de duas ciclovias de 24 quilômetros de extensão que unirão nove distritos e cruzarão o centro da cidade.

Fonte: http://www.archdaily.com.br/

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