“Os que já foram castrados e vacinados estarão para adoção das 10 até as 18 horas. Será na Vila Butantã. Esperamos vocês. Cães e gatos aguardam uma chance de amor”, avisou Luisa.
A ONG da ativista foi chamada pela Polícia Ambiental para participar do resgate de animais que eram usados para alimentar o comércio ilegal. Além de cães, gatos e tartarugas, foram encontrados bichos ameaçados de extinção, inclusive, araras.
Nos vídeos publicados por Luisa, alguns animais aparecem alocados embaixo da cama, dentro de caixas e também de um guarda-roupa.
“Os policiais receberem uma denúncia sobre os animais silvestres, mas quando chegaram viram que tinham diversos cachorros e gatos armazenados em aquários, gaiolas minúsculas, armários… um pesadelo! A Polícia entrou porque tinha flagrante, eles conseguiram ver as imagens por meio do muro da casa vizinha”, explicou Luisa à Universa na época.
O local era ocupado por uma mulher e seu filho, que foram multados em mais de R$ 405 mil. A ação foi confirmada pela Polícia Ambiental e somente o homem foi levado para prestar depoimento no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC), que fica no centro da Capital paulista.
Ainda de acordo com informação da Polícia, o acusado foi autuado de acordo com o termo circunstanciado (um registro para delitos de menor relevância) e responderá por crimes ambientais, já que mantinham aves silvestres em cativeiro, e por maus tratos aos animais. Como as penas para esses crimes são inferiores a dois anos, ele responderá em liberdade. Essa não é a primeira vez que o infrator é autuado, ele já respondeu outras duas vezes por crimes ambientais. O caso chegou até a corporação por meio do disque denúncia do controle de proteção aos animais.
Na ação, foram apreendidos 47 yorkshire, 27 lhasa Apso,12 bulldog Francês, sete lulu spitz alemão, três bulldog inglês, um pug, um labrador, 14 sem raça definida e dois gatos de raça indefinida. Além das aves: uma arara-vermelha (Ara chloroptera), duas araras-canindé, um canário-da-terra (Sicalis flaveola), três papagaios (Amazona aestiva), um tiriba-de-testa vermelha (Pyrrhura frontalis), um jandaia (Aratinga jandaya) e seis aves da fauna exóticas – dois canários-do-reino (Serinus canaria), duas calopsitas (Nymphicus hollandicus), dois papagaios-ecletus (Eclectus roratus).
“Todos em situação insalubre, em meio a fezes e urina, presos em locais pequenos, sem espaço de locomoção, não contendo água e alimentação à disposição”, informou o relatório da Polícia. Ainda de acordo com o relatório, os acusados não tinham documentação dos animais silvestres.
A ativista levou todos os cachorros e gatos para seu Instituto, enquanto aves silvestres ficaram a cargo da Polícia Ambiental.
Endereço: Rua Lemos Monteiro, 206 – Butantã, São Paulo
Fonte: Universa
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