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Moradores de rua ganham projetos de inclusão social em viadutos de SP

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Só na capital, mais de 14 mil pessoas vivem na rua.
Projetos ajudam a transformar a realidade debaixo dos viadutos.

Milhões de pessoas adotam pontes e viadutos como abrigo nas grandes cidades. Só em São Paulo, mais de 14 mil vivem na rua. A boa notícia é que tem muita gente usando esses mesmos espaços para melhorar a vida dos moradores de rua. Gente que inclusive viveu na rua e sabe bem como é uma situação sofrida. A ideia é usar o espaço próximo de onde estão os moradores de rua para fazer inclusão social.

Varrer a calçada é deixar a própria casa um pouco mais limpa. Moradores de rua e famílias sem ter onde morar encontram debaixo dos viadutos a garantia mínima para se proteger pelo menos da chuva. Poucos querem dizer como foram parar nas ruas.

“Eu trabalho de empregada doméstica, mas como eu fiz cirurgia e não posso trabalhar mais, eu fico na rua”, explica a moradora de rua Vanda Gonçalves.

“Eu estava morando numa invasão lá na Mooca. O que acontece, fui despejado de lá e de lá eu estou morando aqui na rua desde 2007”, conta o morador de rua Domingos da Silva.

Na última contagem da prefeitura de São Paulo, de 2011, eram mais de 14 mil pessoas vivendo nas ruas, em albergues ou hotéis sociais.

Quem só vê as ruas pelo vidro do carro está deixando de conhecer as pequenas revoluções que acontecem todos os dias em ambientes como o mostrado pela reportagem. São pessoas e projetos que ajudam a transformar a realidade debaixo dos viadutos.

O barulho da Radial Leste, uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo, não tira a concentração dos jovens. Alguns se exercitam nos aparelhos doados por uma academia. Outros, treinam MMA.

A maioria se dedica ao boxe. A supervisão é de Nilso Garrido, ex-pugilista que há dez anos passou a ocupar com o esporte os espaços de viadutos e se especializou em tirar jovens das ruas.

“Eu acredito que esse é o caminho para você falar assim: ‘ah, a pessoa tá ruim de saúde’, esporte…esporte nele, irmão. ‘Ah, pessoa tá ruim de droga’, esporte nele!”, diz Nilso, coordenador do projeto.

Robson morou nas ruas com a família por seis anos e está colocando em prática um sonho antigo: conseguiu autorização da prefeitura para instalar uma escola de música para jovens debaixo de outro viaduto, em plena Avenida Nove de Julho.

“Às vezes algumas entidades têm projetos, projetos sérios, mas não tem o local para implantar esses projetos. Eu acho que deveria sim se ocupar desses espaços públicos para exercer esses projetos”, explica o presidente do Movimento Popular em Situação de Rua Robson Mendonça.

Existe uma lei que regula o uso das áreas embaixo dos viadutos da cidade de São Paulo. As ONGs interessadas em implantar um projeto social nesses locais devem fazer um pedido direto à Secretaria Municipal das Subprefeituras.

Fonte: http://g1.globo.com/

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