Ciência

Nova droga para artrite reumatoide ajuda quem não responde a remédio tradicional

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Aprovado em toda Europa, medicamento ainda não tem previsão de chegada ao Brasil; entenda como a doença reumatológica afeta as articulações.

Dores nas articulações, inchaço – principalmente nas mãos e pés -, nódulos, vermelhidão e deformidade nos membros afetados: essa é a vida dos mais de dois milhões de brasileiros que convivem com artrite reumatoide (AR).

Considerada uma das principais condições reumáticas ao lado da artrose, a artrite reumatoide também é lembrada no Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo, celebrado na ultima segunda-feira (30), pelas novidades em seu tratamento que teve resultado positivo considerável para quem sofre com a doença.

No último mês, o  34º Congresso Brasileiro de Reumatologia, que aconteceu em Florianópolis, apresentou uma nova droga, o baricitinib , que demonstrou avanços significativos relacionados à melhora dos pacientes com a condição.

Trata-se de um medicamento de uso oral, o que já é considerado um ponto bastante positivo para facilitar o tratamento dos pacientes. Essa é a grande novidade na área da reumatologia, conforme declarou um dos principais especialistas de AR da atualidade, Josef Smolen, professor da Universidade Médica de Viena, na Áustria.

“Desde 2009, não temos novas drogas e novos tratamentos. Agora, neste ano, surgiram três novas drogas, entre elas o baricitinib, inibidor que age na estrutura da célula e serve para qualquer problema reumatológico”, analisa o professor.

A substância está presente em um remédio chamado Olumiant, fabricado pelo laboratório farmacêutico Eli Lilly, que está disponível na Europa, mas ainda não tem data para chegar ao Brasil.

O medicamento é indicado para o tratamento de AR ativa nos estágios moderado e grave em adultos que não tiveram resposta adequada aos tratamentos tradicionais da doença, os antirreumatismais modificadores da doença.

Smolen explica que as chances de respostas positivas dos pacientes aos remédios comuns são de 20% a 30%, usando qualquer droga. ”Quando esses tratamentos falham, a eficácia vai ser apenas de 10 a 15%. Por isso, qualquer nova medicação é uma oportunidade para tratar mais pessoas”, afirma.

Um estudo recente, e apresentado durante o congresso, apontou que com o uso de baricitinib a resposta positiva dos pacientes que participaram da pesquisa chegou até 60%.

‘Tratamento não pode esperar’

A novidade é bastante aguardada pela comunidade médica e de pacientes no Brasil. Apesar de não haver cura, medicamentos especializados e fisioterapia fazem toda a diferença para a qualidade de vida do paciente com a condição. Sem ajuda médica, 20% a 30% das pessoas acometidas pela enfermidade podem ficar permanentemente incapazes de realizar suas atividades após três anos do diagnóstico.

Até que a nova droga seja aprovada em território nacional, Lívia Gonçalves, gerente médica autoimune do laboratório farmacêutico Eli Lilly, garante que a cobertura de medicamentos no Brasil é ampla e atende às necessidades da população.

Fonte: IG

 

 

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