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Novo exame para câncer de próstata é preciso e evita biópsias invasivas

out 16, 2019
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Um novo e simples exame de sangue mostrou-se capaz de detectar com eficiência e precisão a presença do câncer de próstata agressivo.

Em combinação com o atual teste de antígeno prostático específico (PSA), o novo exame poderá ajudar os homens a evitar biópsias desnecessárias e invasivas, além dos conhecidos excessos de diagnóstico e tratamento.

Embora forneça um diagnóstico precoce, o exame de sangue do PSA tem uma baixa especificidade (elevado número de falsos positivos), com cerca de 75% de todos os resultados positivos do PSA terminando com biópsias negativas, que não encontram câncer.

Além disso, a maioria dos cânceres de próstata diagnosticados em estágio inicial não são fatais se não forem tratados. A prática atual do teste combinado de PSA e biópsia para câncer de próstata resulta, portanto, em biópsias desnecessárias e no diagnóstico e tratamento excessivos de muitos homens.

Exame CTC

O novo exame de câncer de próstata detecta células cancerígenas precoces – ou células tumorais circulantes (CTCs) – que deixaram o tumor original e entraram na corrente sanguínea, de onde poderão se espalhar pelo corpo.

Quantificar as células cancerígenas vivas intactas no sangue do paciente, em vez da proteína PSA, que pode estar presente no sangue por outras razões que não o câncer, resulta em um exame mais preciso.

Primeiros testes

Pesquisadores da Universidade Queen Mary avaliaram o uso do exame CTC em 98 pacientes pré-biópsia e 155 pacientes com câncer de próstata recém-diagnosticados e atendidos no Hospital São Bartholomeu, em Londres.

Os resultados mostraram que a presença de CTCs nas amostras de sangue pré-biópsia é um indicativo da presença de câncer de próstata agressivo, prevendo de forma eficiente e não-invasiva o resultado posterior da biópsia.

Quando os testes CTC foram usados em combinação com o atual teste PSA, foi possível prever a presença de câncer de próstata agressivo em biópsias subsequentes com precisão acima de 90%, melhor do que qualquer biomarcador relatado anteriormente, embora ainda não elimine uma quantia significativa (10%) de falsos positivos.

O número e o tipo de CTCs presentes no sangue também foram indicativos da agressividade do câncer. O foco no câncer de próstata mais agressivo pode reduzir o excesso de tratamento e biópsias desnecessárias para condições benignas e não-agressivas.

Como este estudo foi feito em um único hospital, os resultados precisarão ser validados em outros centros de pesquisa independentes, antes que o teste CTC seja disponibilizado para uso em larga escala.

Fonte: Diário da Saúde

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