• ter. abr 16th, 2024
Businessmen Arriving at Airport --- Image by © James Lauritz/Corbis
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Super-ricos que sabem onde colocar seu dinheiro

Quase todo mundo conhece o lado excêntrico de Paul Allen, co-fundador da Microsoft que enriqueceu com TI ainda jovem e depois decidiu aproveitar a vida com outros assuntos muito mais leves, como esportes, música e festas de arromba em Monte Carlo. Ele comprou o time de futebol americano de sua cidade, o Seattle Seahawks, construiu um museu para o guitarrista morto Jimmy Hendrix, se divertiu como dono de um dos maiores iates do mundo, chamado Octopus, namorou mulheres famosas como a tenista Monica Seles e, sem vergonha de ser um eterno adolescente, comprou a cadeira do capitão Kirk, de Jornada nas Estrelas.

Quer mais? Allen também manteve, concomitantemente, uma vida de investidor mais ou menos bem-sucedido. Apostou em algumas empresas que não deram certo mas acertou no geral. Segundo a revista americana Forbes, especializada em calcular fortunas de magnatas, entre Microsoft e outras aventuras comerciais, ele amealhou até março 13,5 bilhões de dólares. Nada mau, mesmo para um fundador da Microsoft. Agora aos 57 anos, recém-saído de um tratamento contra câncer — o segundo de sua vida —, Allen acaba de perpetrar sua maior e melhor excentricidade: decidiu deixar pelo menos a maior parte de sua fortuna para empreendimentos filantrópicos.

Foi um apelo de seu velho colega Bill Gates, que anda em campanha para convencer gente endinheirada como ele a fazer o bem, na companhia de um dos maiores investidores do mundo, o também americano Warren Buffet. Allen já tinha doado 1 bilhão de dólares antes, e seus assessores dizem que ele já planejava privadamente doar a maior parte de seu dinheiro no fim da vida. Agora assumiu publicamente o compromisso. Gates, como se sabe, transformado em filantropo praticamente full time, passa os dias atualmente ocupado em melhorar a educação e a saúde do mundo, combatendo da malária à aids, da ineficiência nos investimentos de caridade à falta de testes padronizados nas escolas. Sua fundação acaba de ganhar mais 1,6 bilhão de dólares de Buffett, que vem se somar aos 35 bilhões já arrecadados anteriormente. É, claro, a maior ONG americana.

As iniciativas de Gates na área de educação, particularmente, têm lá seus críticos, que o acusam de levar a cultura empresarial a um campo onde ela não deveria estar presente, mas não há como negar que o sujeito tem se esforçado para melhorar o que vê a sua volta. E quando ele se junta com Allen, há sempre a possibilidade de algo duradouro sair desse encontro.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/

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