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Oscar: novas regras de diversidade para concorrer a Melhor Filme

set 11, 2020
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas detalhou como funcionarão as novas regras de diversidade que serão implementadas nas exigências para concorrer ao Oscar. Desde o anúncio da novidade, diversas especulações e boatos surgiram, por isso a Academia explicou que as alterações começam a valer apenas a partir de 2022.

Nos últimos anos, a instituição vem tentando diversificar a lista dos homenageados, abrangendo culturas que são pouco representadas nas cerimônias de premiação. As novas regras vão afetar apenas os candidatos elegíveis a Melhor Filme; nas demais categorias, as definições não mudam. Para isso, a Academia criou quatro Padrões de Inclusão para um filme poder entrar na lista dos melhores do ano. Em 2022 e 2023, eles terão que preencher um formulário confidencial no qual precisam se enquadrar em um desses padrões; já a partir de 2024, os elegíveis precisam atender a no mínimos dois dos critérios.

Padrão A: representação na tela, temas e narrativas

Os candidatos a Melhor Filme precisam cumprir ao menos uma das exigências.

A1. Principais atores

Entre os atores principais ou coadjuvantes importantes é necessário que ao menos um seja de um dos seguintes grupos étnicos: asiáticos, hispânicos, negros, indígenas, do Oriente Médio, do Norte da África, havaianos ou de outras ilhas do Pacífico e outras etnias sub-representadas.

A2. Elenco

Ao menos 30% dos atores em papéis secundários ou menores precisam ser de dois dos seguintes grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas.

A3. Enredo

A história principal do filme deve ser focada em um dos grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas.

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Moonlight: diversidades étnica e LGBTQI+representadas. Fonte: A24

Padrão B: liderança criativa e equipe de projeto

Os candidatos a Melhor Filme precisam cumprir ao menos uma das exigências.

B1. Liderança criativa e chefes de departamento

Os cargos de liderança ou chefe de departamento (diretor de elenco, cineasta, compositor, figurinista, diretor, cabeleireiro, editor, maquiador, supervisor de efeitos visuais, escritor, cenografista, editor de som, produtor e designer de produção) precisam ter ao menos dois representantes dos grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas.

Ao menos uma dessas categorias deve pertencer a um dos grupos étnicos: asiáticos, hispânicos, negros, indígenas, do Oriente Médio, do Norte da África, havaianos ou de outras ilhas do Pacífico e outras etnias sub-representadas.

B2. Outras funções importantes

Outras seis pessoas em cargos técnicos importantes na execução do filme precisam representar um grupo racial ou étnico sub-representado.

B3. Equipe

Ao menos 30% da equipe toda da produção deve ser composta pelos grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas.

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Spotlight: elenco é majoritariamente branco, mas diretor de fotografia é japonês. Fonte: Open Road Films

Padrão C: acesso e oportunidades da indústria

Os candidatos a Melhor Filme precisam cumprir as duas exigências.

C1. Programa de estágio

A produtora ou distribuidora do filme precisa empregar aprendizes ou estagiários dos grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas. Os principais estúdios precisam ter programas de estágio na maioria dos departamentos: produção, pós-produção, música, efeitos visuais, administração, distribuição, marketing e publicidade; estúdios menores podem ter um mínimo de dois aprendizes nesses departamentos.

C2. Oportunidades de treinamento e desenvolvimento de habilidades

A produtora ou distribuidora do filme precisa oferecer trabalhos de desenvolvimento de habilidade ou oportunidades de treinamento para pessoas dos grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas.

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A Forma da Água: mulheres são o foco principal. Fonte: Fox Searchlight

Padrão D: desenvolvimento do público

Os candidatos a Melhor Filme precisam cumprir o critério.

D1. Representação em marketing, publicidade e distribuição

O estúdio ou a produtora precisam ter vários executivos sêniores nas equipes de marketing, publicidade e distribuição que sejam representados pelos seguintes grupos: mulheres, grupos racial ou étnico, LGBTQI+, pessoas com deficiências cognitivas ou físicas, asiáticos, hispânicos, negros, indígenas, do Oriente Médio, do Norte da África, havaianos ou de outras ilhas do Pacífico e outras etnias sub-representadas.

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Pantera Negra: indicada a melhor filme, produção tem elenco majoritariamente negro. Fonte: Marvel

Críticas e impacto na indústria

Ao analisar os últimos 10 anos, muitos vencedores do Oscar de Melhor Filme cumpririam facilmente dois dos padrões citados, mas os longas independentes, que contam com a indicação como forma de publicidade, podem sofrer para se encaixar nas exigências.

Os grandes estúdios já implementaram programas de estágio e têm departamentos de marketing bastante diversificados. Quem não tiver orçamento para montar equipes mais diversas precisa se garantir nos Padrões A e B.

Um dos problemas, porém, é o questionamento da sexualidade das pessoas na hora de montar uma equipe ou de manipular essas informações para se tornar elegível. Ainda assim, os novos padrões podem dar uma cara renovada e cada vez mais diversificada à mais famosa premiação do cinema.

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/177564-oscar-novas-regras-diversidade-concorrer-melhor-filme.htm

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