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Vinho tinto pode ajudar no combate à depressão, afirma estudo

ago 8, 2019
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Substância presente nas cascas das uvas bloqueia enzima relacionada ao controle de estresse no cérebro

A ciência comprova a ideia popular de que tomar uma taça de vinho tinto por dia faz bem. De acordo com uma nova pesquisa, o resveratrol, composto vegetal encontrado nas cascas das uvas, também é encontrado na bebida fermentada.

Segundo os especialistas, a substância bloqueia uma enzima relacionada ao controle de estresse no cérebro, o que afeta diretamente a saúde mental. “Resveratrol pode ser uma alternativa eficaz aos medicamentos para o tratamento de pacientes que sofrem de depressão e transtornos de ansiedade”, explicou Ying Xu, autora do estudo, em comunicado.

Embora pesquisas anteriores já tivessem identificado os efeitos antidepressivos do resveratrol, a relação entre o composto com a fosfodiesterase 4 (PDE4), enzima influenciada pelo hormônio do estresse corticosterona, era desconhecida. Como explica a equipe, o excesso de corticosterona no cérebro incentiva o desenvolvimento de depressão ou outros distúrbios mentais.

Os cientistas utilizaram ratos para testar como as quantidades de PDE4 teriam relação com a depressão e a ansiedade. De acordo com os resultados, a enzima reduz o monofosfato de adenosina cíclico (molécula mensageira que sinaliza mudanças fisiológicas ao corpo) levando a alterações físicas no cérebro. Contudo, quando o resveratrol estava presente, ele agia como neuroprotetor, inibindo a expressão de PDE4.

A pesquisa estabelece as bases para o uso do composto em novos medicamentos contra a depressão. “Os antidepressivos atuais concentram-se na função da serotonina ou noradrenalina no cérebro, mas apenas um terço dos pacientes com depressão entra em remissão completa em resposta a esses medicamentos”, disse Xu.

A especialista ressalta que o consumo de álcool deve ser feito de forma moderada e que mais estudos são necessários para que os cientistas obtenham mais informações sobre o assunto.

Fonte: Galileu

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