Nunca foi preciso ser um gênio para perceber essa falta de diversidade nas telas. Para quem não vê facilmente a discrepância, um estudo realizado pela Universidade de Southern, na Califórnia, comprova a falta de espaço enfrentada pelos negros na mídia: nos cem títulos de maior bilheteria nos cinemas em 2016, os brancos representavam 70,8% dos papéis com falas, enquanto atores negros eram apenas 13,6% destes.
O que vemos nas telas se reflete também na autoimagem do público, como mostra uma pesquisa de 2011 sobre a influência da televisão na autoestima de crianças. O estudo entrevistou 396 jovens americanos e chegou a uma conclusão impactante. Enquanto os meninos brancos viam sua autoestima aumentar após serem expostos a programas televisivos, crianças negras de ambos os sexos e meninas brancas passavam a ter uma imagem mais negativa sobre si após horas em frente à tela.
Flash forward para 2018, Pantera Negra se torna a terceira maior bilheteria do cinema americano. O sucesso só é superado pelos longas Avatar e Star Wars: O Despertar da Força. Tudo bem que o personagem T’Challa, o Pantera Negra, da Marvel, já existe desde 1962, criado para os quadrinhos pelas mãos de Stan Lee e Jack Kirby, mas o destaque que ele vem ganhando não está [literalmente] no gibi.
Heróis negros nos quadrinhos e nas telas
Embora seja constantemente apontado como o primeiro filme de super-heróis negros no cinema, isso não é exatamente verdade, como lembra o Diário de Pernambuco. Em 1997, os filmes Aço (estrelado por Shaquille O’Neal) e Spawn (com Michael Jai White no papel principal) traziam protagonistas negros, assim como o que ocorreu em Blade: O Caçador de Vampiros (1998, em que Wesley Snipes interpreta o herói). Lá em 2004, já tinha até mesmo filme de heroína (ou anti-heroína?) negra: tem como esquecer de Halle Berry no papel de Mulher-Gato?
Apesar disso, nenhuma das produções anteriores conseguiu chegar perto do sucesso e da complexidade de Pantera Negra. Não se trata apenas de um filme com um super-herói negro, rei de um povo riquíssimo na África e repleto de superpoderes. É também sobre ser o filme de herói com o maior elenco afro-descendente até então, com uma saudável inversão aos padrões de Hollywood. Os atores brancos da produção podem ser contados nos dedos – e isso é ótimo!
Os quadrinhos apostam há muito no poder dos personagens negros. É o caso de John Stewart (1971), substituto de Hal Jordan como Lanterna Verde; Luke Cage, como um herói de aluguel suburbano em pleno 1972; Tempestade que mostra todo seu GRL-BLK-PWR ao lado dos X-Men desde 1975 (e que vai estrelar nos cinemas em junho deste ano); Raio Negro, o primeiro personagem negro da DC a ganhar uma revista própria e que já tem até uma série para chamar de sua. A mais recente adição dessa lista é Riri Williams, uma jovem negra de 15 anos que impressionou o Homem de Ferro Tony Stark ao conseguir reproduzir sua armadura e é treinada pelo herói para substituí-lo.
Outro herói negro saiu das páginas das HQs para fazer sua estreia nos cinemas recentemente: Miles Morales é o sucessor de Peter Parker e protagoniza o Homem-Aranha: No Aranhaverso, animação que teve sua estreia no Brasil em 10 de janeiro.
Fonte: Hypeness
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