Ciência

Unicamp desenvolve remédio inédito capaz de matar células do câncer de bexiga

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Medicamento é seis vezes mais potente do que o usual e pacientes desenganados apresentaram bons resultados. Estudo foi desenvolvido em Campinas.

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um remédio inédito no Brasil capaz de matar células do câncer de bexiga. O tratamento é seis vezes mais potente do que o usual, e já apresentou resultados positivos na redução de tumores em pacientes desenganados.

No combate a esse tipo de câncer, é comum a retirada do tumor seguida por uma terapia com a vacina BCG, mas muitas pessoas sofrem com os efeitos colaterais e, eventualmente, chegam a enfrentar a falta dela na rede pública.

A expectativa é que a nova droga chegue ao mercado dentro de seis anos.

“Tem pacientes nesse grupo que estavam desenganados. Hoje a gente está acompanhando, felizmente, até agora, sem a doença. Isso nos deixa bastante esperançosos com essa nova droga”, explica João Carlos Alonso, urologista do Hospital Municipal de Paulínia (SP) , que integra o grupo de pesquisadores.

O estudo levou 12 anos para ser concluído, e foi testado em animais e seres humanos.

A droga é menos tóxica do que as habituais, porque é um nanofármaco. Tem alta efetividade e, por isso, é administrado nos pacientes em concentrações menores em relação aos quimioterápicos.

Funciona como uma imunoterapia, estimula a produção de proteínas de células de defesa e destrói os tumores. Proporciona uma melhora na qualidade de vida do paciente durante o tratamento.

“Produziu o que nós chamamos de interferon, e o interferon consegue matar as células tumorais de uma forma mais efetiva”, afirma Wagner Favaro, pesquisador da Unicamp.

Redução de tumores

Há mais de um ano, a droga começou a ser testada em pacientes que apresentam metástase e já esgotaram todas as alternativas de tratamento. Os tumores tiveram redução de 40% a 50% no número e no tamanho. A expectativa de vida era de três meses e, com a descoberta, passa de um ano.

“Eu estou me sentido superfeliz, superguerreira, porque ele não deixa a gente acabada. […] Fico feliz, do jeito que eu saí, eu volto. Parece que não tomei nada”, conta a dona de casa Olívia José de Castro, idosa que descobriu a doença em estágio avançado e participa da pesquisa.

Com o bom resultado, a Comissão de Ética em Seres Humanos da Unicamp liberou o teste da medicação para pacientes com câncer de bexiga em qualquer estágio da doença.

Esperança

Após passar por três cirurgias e não conseguir dar andamento ao tratamento tradicional, porque não conseguiu achar o remédio, o empresário Marcelo Santos decidiu participar dos testes. As seis doses que já tomou fizeram os pólipos malignos desaparecerem.

“Já fiz um primeiro exame, onde esses pólipos não voltaram. Então, por enquanto, estou bastante contente. Vamos torcer para que seja realmente bom, que dê certo, e atinja bastante gente da população”, diz o paciente.

Fonte: G1

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