Um estudo conduzido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em conjunto com universidades estrangeiras, mostrou que a intensidade das atividades físicas que praticamos influencia na redução da mortalidade.
O trabalho, que teve amostragem de quase meio milhão de pessoas, teve a participação do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, da Universidade de Wuhan (China), da Universidade de Santiago do Chile (Chile) e da Universidade Europeia Miguel de Cervantes (Espanha).
Os resultados foram publicados no fim do ano passado na revista científica “JAMA Internal Medicine”.
A importância das atividades físicas para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, problemas do coração e alguns tipos de câncer, são amplamente conhecidos pelos especialistas. Mas a dúvida que motivou o estudo era a diferença entre a prática da atividade física vigorosa e a moderada na redução da mortalidade.
Já foi constatado que adultos devem realizar, ao menos, de 150 a 300 minutos semanais de exercícios de intensidade moderada –como caminhadas e deslocamentos a pé ou de bicicleta– ou entre 75 e 150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa –como corrida, natação e esportes. Também é válida uma combinação equivalente dessas intensidades.
Munidos de dados anteriores obtidos com o estudo “The National Health Interview Survey”, feita com mais de 400 mil adultos, os pesquisadores passaram a investigar se a intensidade do exercício fazia diferença para prolongar o tempo de vida.
Eles selecionaram adultos que faziam alguma atividade física semanal e calcularam o percentual do total realizado em intensidade vigorosa, variando de 0% a 100% –100% significando apenas atividade físicas vigorosas e 0%, apenas exercícios moderados.
Os especialistas concluíram que ambas as intensidades (moderada e vigorosa) estão associadas à menor mortalidade por doenças cardiovasculares, câncer e outras causas. E o principal: os participantes que realizaram um percentual maior do total de atividade física vigorosa apresentaram menor mortalidade.
“Por exemplo, adultos que realizaram de 50% a 75% do total de atividade física semanal em intensidade vigorosa tiveram uma redução de 17% na mortalidade por todas as causas, quando comparados aos adultos que realizaram apenas atividades físicas de intensidade moderada”, explicou Leandro Rezende, coordenador da pesquisa e professor da Unifesp.
Fonte: https://catracalivre.com.br/equilibre-se/intensidade-da-atividade-fisica-influi-na-reducao-da-mortalidade/
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