Inicialmente, serão aceitos apenas cartões de débito ou crédito de Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, tanto das bandeiras Visa quanto Mastercard. A processadora das transações será a Cielo.
A novidade do WhatsApp começa a ser liberada hoje a um grupo selecionado de pessoas, que receberá uma atualização. Os outros usuários devem ter acesso ao recurso ao longo das próximas semanas. Quando isso acontecer, a opção “pagamento” será incluída no menu de ações —ele é acionado ao clicar no sinal “+” nos iPhones e no de clipe nos Androids.
A plataforma de pagamentos abrangerá todos os apps do império de Mark Zuckerberg, que inclui WhatsApp, Facebook e Instagram, e dará contornos mais bem definidos ao que pode ser a primeira fonte de receita consistente do WhatsApp. Esta também é a estreia no Brasil da Facebook Pay, a carteira virtual do Facebook e do Messenger lançada em novembro do ano passado nos Estados Unidos.
Segundo Tilt apurou, o lançamento do sistema de pagamentos do WhatsApp está atrasado e deveria ter acontecido no fim de 2019, mas a negociação com os bancos se estendeu além do previsto. As tratativas estão avançadas com Bradesco, Itaú e Santander, que devem ser incorporados em até três meses. Há também negociações com o Banco Inter e com a Elo, que seria uma opção à Cielo.
A ferramenta chegou a ser testada na Índia e deveria ser lançada por lá antes de desembarcar por aqui, mas houve uma pendência com o governo indiano que postergou o anúncio —o que deve acontecer nas próximas semanas.
Matt Idema, diretor de operações do WhatsApp, contou à reportagem que a empresa busca há dois anos um método de pagamentos digitais. O foco inicial é ajudar pequenas empresas a expandir os negócios, e nisso o Brasil é um importante mercado.
Ele sinalizou que, em breve, outros apps como Instagram e Facebook poderão também ser usados por aqui para enviar dinheiro e os usuários poderão usar as mesmas informações financeiras já incluídas no cadastro do WhatsApp.
Esta estratégia foi anunciada em 2019 por Zuckerberg, que pretende integrar seus aplicativos o máximo possível, a ponto de um usuário poder usar o WhatsApp para mandar mensagem a outro no Instagram.
Imagem: Reprodução/WhatsApp
Os interessados em pagar por produtos, enviar ou receber dinheiro pelo WhatsApp terão de cadastrar um cartão de débito ou crédito de um dos bancos parceiros.
Antes de começar a usar a ferramenta, é preciso aceitar seis termos: termos do pagamento e política de privacidade do WhatsApp, termos do pagamento e política de privacidade do Facebook, e termos e comunicado de privacidade da Cielo.
Depois, cria-se uma senha numérica para o Facebook Pay (você pode usar a impressão digital). É este código (PIN) não é a senha usada para movimentar a conta bancária e autorizar as transferências de dinheiro dentro do app.
O envio de dinheiro entre duas pessoas será gratuito, mas para garantir que esta modalidade não seja usada por empresas há restrições:
O Facebook cobrará uma taxa de 3,99% sobre o valor da transação de empresários que usem contas no WhatsApp Business. As taxas cobradas em outros serviços são menores. Fora do aplicativo, a taxa de desconto da Cielo é de 2,39% (débito) e 4,99% (crédito). Já a da Getnet varia entre 1,95% (débito) e 3,09% (crédito) e a da Rede, do Itaú, varia de 1,99% (débito) a 3,49% (crédito).
Para usar o recurso, os comerciantes terão de habilitar suas contas para receber pagamentos por vendas feitas pelo app. O processo é bastante similar ao de usuários comuns, mas os empresários têm de aceitar os termos de serviço do comerciante, o acordo de vendedor do Facebook e o contrato de credenciamento da Cielo. Ao assinar este último acordo, os empresários aceitam criar uma conta Cielo.
Ainda que neste momento apenas cartões de crédito e débito sejam aceitos pela plataforma, o Facebook indica que outros meios de pagamento poderão ser suportados. Segundo seus termos de pagamento, a plataforma pode fazer transferências e pagamentos usando vale-presentes, boletos pré-pagos ou ainda optando que o dinheiro transferido seja debitado na conta de celular.
As transferências voltadas às pessoas não podem:
Segundo Idema, o Facebook não acessará ou manterá registro das transferências financeiras. Isso será feito pelos bancos.
São os bancos que mantêm registro dessas transações, como fazem em qualquer transação com cartão de débito. Eles já estão processando transações hoje para garantir que atividades ilegais não aconteçam, e é assim que estamos gerenciando riscos
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