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Quarentena diminui poluição e acaba transformando o céu no litoral de SP

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Especialistas apontam que a menor quantidade de veículos nas ruas colaborou para diminuir a poluição atmosférica na Baixada Santista.

A orientação de quarentena como forma de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) tem mantido não só a população dentro de casa, mas também carros e ônibus dentro das garagens, o que tem ajudado a diminuir a poluição na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e colaborado para que os moradores consigam enxergar o céu da região menos poluído.

Nesta quinta-feira (26), especialistas apontaram que, com o isolamento social, houve a diminuição da emissão de poluentes à atmosfera e, por consequência, uma maior visibilidade do céu. Segundo o climatologista e astrônomo Rodolfo Bonafim, o fenômeno é causado pela junção de uma série de fatores.

Dentre os motivos para que o céu esteja mais visível, a chegada do Outono, e por consequência um tempo com menos umidade, permite a maior visibilidade do céu. “O Outono é uma estação com menos umidade e, portanto, menos dispersão da luz solar, então o céu fica naturalmente mais claro”.

No entanto, Bonafim explica que a quantidade menor de veículos nas ruas também influencia na observação do céu. “Menos carros, ônibus e outros veículos significa menor emissão de poluentes na atmosfera e, então, o céu fica ainda mais limpo e visível, principalmente a noite”.

Astrônomo amador, o fotógrafo Jamil Vila Nova, de 53 anos, conta que percebeu as diferenças no céu desde o começo da quarentena. Ele aponta que a luminosidade que presenciou em Santos não é comum na cidade, mas sim em municípios com menor população, como Peruíbe e Itanhaém. “O céu está um azul fora do comum, não é assim em Santos desde a década de 70 e começo dos anos 80”.

Na madrugada desta quarta-feira, o fotógrafo afirma que registrou, na mesma foto, os planetas Marte, Júpiter e Saturno. “Está muito visível, a câmera capta a luz do fundo e antes o céu de Santos à noite era marrom e, dessa vez, está um azul muito lindo”.

Para o professor de física Waldir Paschoal, o fenômeno permitiu que mais estrelas pudessem ser observadas no céu da Baixada Santista. “Antes, com toda a poluição e o próprio movimento das pessoas nas ruas, nós conseguíamos enxergar somente o que chamamos de topo do céu. Agora, até estrelas mais próximas do horizonte são visíveis, o que é uma coisa muito rara”.

O professor também reforça que a chegada do Outono permite uma melhor observação do céu na Baixada Santista. “A temperatura média da estação faz com que a agitação das partículas de água na atmosfera diminua, aumentando a visibilidade”, finaliza.

Fonte: https://g1.globo.com/

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