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Foto da Lua de Sangue tirada por brasileiro é destacada pela Nasa

ago 1, 2018
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Carlos “Kiko” Fairbairn, um administrador por formação, começou a mirar suas lentes para o céu em 2014. Desde então, fotografou o espaço em diversos países, teve suas imagens divulgadas pela Nasa várias vezes e ganhou o principal prêmio internacional de astrofotografia há dois anos.

Nesta segunda (30), o dia não foi muito diferente. Fairbairn teve mais uma fotografia sua destacada pela agência espacial norte-americana no projeto Astronomy Picture of the Day. A foto captou nada menos do que a Lua de Sangue ocorrida na última sexta-feira (27) e Marte sobre as curvas do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro.

Para quem se interessa pelo espaço e quer começar a se aventurar na astrofotografia, Fairbairn recomenda que estude tanto noções de astronomia quando técnicas fotográficas, que andam juntas nessa carreira. “Os livros do Carl Sagan estavam sempre na mesa de cabeceira do meu pai, e muitas vezes conversávamos sobre astronomia na minha infância”, conta o fotógrafo. “Penso que esse tipo de informação e influência positiva sempre ficam. Um dia, isso eclodiu e se juntou à outra paixão, que era a fotografia.”

Além da preparação teórica, as condições do tempo e do local onde o fotógrafo está também colaboram (ou não) com os resultados do trabalho. “Minha principal dificuldade é encontrar um céu livre de poluição luminosa. Para isso, tenho que viajar e me afastar de grandes cidades”, exemplifica.

Mas este não foi o caso de sexta-feira, quando Fairbairn não encontrou problemas para capturar o momento do eclipse. “O que para mim foi muito bacana. Não tive que viajar grandes distâncias para fazer uma imagem astronômica e pude fazê-la de dentro da minha cidade, olhando um belíssimo cartão-postal”, comemora o carioca.

Ainda assim, Fairbairn já vem apontando esse problema comum entre quem se dedica à astronomia há algum tempo. “No Brasil, 80% das pessoas vivem dentro das grande cidades. No mundo, dois terços da população vive em locais onde não é possível enxergar a estrutura da Via Láctea a olho nu. Somos cinco bilhões de pessoas que não conseguimos interagir com essa parte magnífica do cosmos”, discursou durante um TEDxSãoPaulo realizado em 2017.

Em apenas quatro anos de carreira, Fairbairn já foi convidado para diversas palestras e foi agraciado com o Astronomy Photographer of the Year, principal prêmio internacional de astrofotografia, na categoria de jovem fotógrafo. Hoje, concilia sua paixão com seu lado administrador e compartilha suas produções pelo Instagram e pelo Facebook.

Fonte: Galileu

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