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Miniórgãos criados em laboratório ajudam a compreender a covid-19

dez 2, 2020
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Um artigo publicado na semana passada (25), na revista Nature, trouxe a esperança de uma melhor compreensão do novo coronavírus (SARS-CoV-2), ao aplicar uma tecnologia relativamente nova, a criação de miniórgãos, no desenvolvimento de um pequeno pulmão distal com bronquíolo terminais e alvéolos.

O processo de criação de órgãos em miniatura, também chamados “organoides”, foi desenvolvido e viabilizado pelos médicos John Gurdon e Shinya Yamanaka, o que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2012.

A matéria-prima utilizada na construção de um organoide são células simples presentes na pele ou sistema urinário. Após selecionadas, essas células passam por um processo de “regressão” que faz com elas se transformem geneticamente em células-tronco, readquirindo a sua capacidade de autorreproduzir.

Miniórgãos X Covid-19

No artigo publicado na revista Nature, uma equipe de pesquisadores da Stanford University School of Medicine testou a eficácia desses sistemas tridimensionais no caso específico de doenças respiratórias, como doença pulmonar intersticial, câncer e a pneumonia causada pela covid-19.

“De forma geral, os organoides permitiram que entendêssemos quais células humanas o coronavírus consegue invadir e usar para se replicar. Nossa equipe demonstrou que isso acontece no intestino, o que ajuda a explicar os sintomas gastrointestinais observados em muitos pacientes”, relataram à BBC dois pesquisadores holandeses, Joep Beumer e Maarten Geurts, que desenvolvem outra pesquisa.

O uso dos miniórgãos na luta contra a covid-19 envolve a descoberta de quais células o novo coronavírus invade e destrói, preferencialmente, no sistema respiratório. Há pesquisas importantes em desenvolvimento no Japão, Estados Unidos e Brasil, com o uso de minipulmões e outros órgãos.

Uso de miniórgãos no Brasil

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Minipulmões (Fonte: Duke University/Reprodução)

No Brasil, as pesquisas sobre os efeitos da covid-19 estão dirigidas ao cérebro humano e às células do sistema nervoso. No primeiro caso, pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, em São Paulo, criaram neuroesferas para avaliar os possíveis danos do SARS-CoV-2 ao sistema nervoso, mas descobriram que o vírus não consegue se replicar naquela região.

O outro estudo, desenvolvido na Unicamp, em Campinas (SP), avaliou a presença do coronavírus nos astrócitos, células da glia presentes no sistema nervoso central. A pesquisa busca entender de que forma a invasão viral tem modificado a forma como essas unidades produzem energia para os neurônios.

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207559-miniorgaos-criados-laboratorio-ajudam-compreender-covid-19.htm

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