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Planeta descoberto a 200 anos-luz da Terra pode ter água na superfície

mar 14, 2018
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A missão Kepler é uma das mais bem sucedidas da história da NASA. Lançada em 2009, já identificou mais de 4 mil possíveis exoplanetas espalhados pela galáxia, sendo que 2,342 mil já foram confirmados. Graças ao trabalho de um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Tóquio, chefiados por Teruyuki Hirano, a descoberta dos últimos 15 exoplanetas foi validada.

Eles foram encontrados com base nos dados coletados pela segunda fase de vida da sonda espacial, na missão K2, em andamento desde 2013. Desde então já foram confirmados a existência de mais 307 mundos extrassolares, sendo esses quinze na órbita de uma das mais brilhantes estrelas do tipo anã vermelha, a K2-155, a cerca de 200 anos luz da Terra.

 A descoberta, confirmada com base em observações feitas por um grupo de telescópios terrestres, entre eles o Subaru, no Havaí, e o Telescópio òptico Nórdico, na Espanha. Três desses mundos recém descobertos foram classificados como superterras, que possuem massa maior que a do nosso planeta mas menor que os gigantes gasosos do Sistema Solar.
Um deles, no entanto, recebeu atenção especial dos pesquisadores. O K2-155d, o mais distante da estrela e com diâmetro equivalente ao de 1,6 da Terra, está localizado em uma região chamada pelos astrônomos de zona habitável.

Por meio de simulações do clima do planeta, os pesquisadores afirmam que há possibilidade de existir água em estado líquido na superfície. “Presumimos que a atmosfera e a composição do planeta seja parecida com a Terra, mas não há garantias de que seja o caso”, afirmou Hirano.

Uma estimativa mais precisa do raio e da temperatura da estrela K2-155 seria necessária para concluir definitivamente se o K2-155d é habitável. Alcançar tal precisão exigiria estudos adicionais, como a utilização de técnicas interferométricas. Porém, as informações coletadas até agora são bastante animadores, pois mostram que os planetas orbitando anãs vermelhas podem ter características semelhantes às que giram no entorno de estrelas semelhantes ao Sol.

Novas e mais empolgantes descobertas devem acontecer a partir da metade deste ano, quando a NASA mandará para o espaço o TESS (sigla em inglês para Satélite Transitório de Pesquisa de Exoplanetas). “O TESS espera encontrar muitos planetas candidatos em torno de estrelas brilhantes mais próximas da Terra”, diz Hirano. “Isso facilitará muito as observações de acompanhamento, incluindo a investigação de atmosferas planetárias e a determinação da órbita precisa dos planetas”.

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